A fertilização in vitro é uma técnica que tem por base a recolha de espermatozóides e oócitos e a sua junção em laboratório.
À mulher são administradas substâncias que estimulam a produção destas células pelos ovários. Os oócitos são recolhidos por laparoscopia. Posteriormente os gâmetas masculinos e femininos são misturados e a fecundação ocorre fora do corpo da mulher. O ovo continua incubado em placas de Petri até à sua segmentação. Finalmente, transfere-se o embrião para o útero da mulher.
Designa-se por infertilidade a incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho ou em levar uma gravidez até ao seu termo natural.
Considera-se que existe um problema de infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente, sem usar contracepção por um período de um ano, sem que ocorra gravidez. Mas tal não significa que a gravidez não posso acontecer naturalmente após esse período, ou através de técnicas de fertilização. Segundo a OMS, a infertilidade é uma doença que atinge cerca de 15% dos casais europeus em idade reprodutiva.
A infertilidade pode ter origem no homem, na mulher, ou em ambos, sendo que a maioria dos problemas de infertilidade estão relacionados com a mulher.
No homem, a infertilidade está, geralmente, relacionada com: a produção insuficiente de espermatozóides, esta produção pode ser nula; produção de espermatozóide de fraca qualidade, com formas anormais ou sem movimento; problemas anatómicos e fisiológicos ao nível do sistema reprodutor; gametogénese anormal; anomalias ao nível bioquímico que impedem o espermatozóide, aparentemente normal, de fecundar o óvulo.
Na mulher os fatores mais comuns são: ausência de ovulação, ou porque os ovários não produzem oócitos maduros, ou porque não os libertam; ovulação pouco frequente; problemas fisiológicos e anatómicos ao nível do aparelho reprodutor; inibição da nidação ou rejeição do embrião após a fecundação.
Na raiz dos problemas de infertilidade estão associados vários fatores tais como, problemas de origem genética, malformações congénitas, fatores imunitários, e distúrbios hormonais. A alimentação, o estado de saúde, a idade e a amamentação também têm influência sobre as causas de infertilidade. Doenças sexualmente transmissíveis também podem provocar a infertilidade, tais como a sífilis ou a gonorreia, caso não sejas tratadas a tempo. Cirurgias nas quais são extraídos os ovários ou o útero à mulher, ou os testículos ao homem, provocam a esterilidade.
O stress também está associado à condição de infertilidade, quer como causa, ou como consequência. Situações de stress crónico podem levar a disfunções hormonais que afetam a produção de óvulos ou de esperma.
Ao longo da História este problema foi motivo de vergonha e de discriminação social. Nos dias de hoje é considerada uma doença, e como tal, existem técnicas para o seu tratamento.