As feromonas são substâncias químicas libertadas por organismos vivos com a finalidade de comunicar com outros indivíduos pertencentes à mesma espécie.
Os animais comunicam através das feromonas
A libertação de feromonas é utilizada por diversas espécies para atrair parceiros para acasalamento, enviar sinais de alarme, para assinalar pistas de alimentos, etc. São utilizadas, sobretudo, por insectos. Estima-se que cada espécie de insecto utilize, aproximadamente, uma centena de diferentes compostos ao longo da sua vida, para estabelecer este tipo de comunicação química no desempenho de tarefas quotidianas. Podem utilizá-las na busca por alimentos, por parceiros, para reunir o grupo, como aviso contra predadores e na protecção dos ninhos. Os rastos de feromonas ou a libertação de feromonas no ar, são estratégias muito utilizados por fêmeas de borboleta para atrair os machos.
Formas de transmissão e de percepção das feromonas
As feromonas podem ser libertadas no ambiente através de secreções como o suor, através da urina, ou podem ser transmitidas a outro individuo por contacto directo, através das glândulas da pele. A detecção das feromonas não depende dos órgãos visuais ou auditivos. Os insectos possuem receptores sensoriais nas antenas e na boca capazes de capturar os odores das substâncias químicas libertadas pelos outros indivíduos.
Feromonas: Compostos químicos
A comunicação através de feromonas é uma estratégia que pode ser utilizada para comunicações de longo alcance. Existem espécies de borboletas cujas fêmeas conseguem atrair um macho a cerca de quilómetro e meio de distância.
O composto ‘hexadeca-10,12-dien-1-ol’ é designado por ‘bombicol’ e pode assumir a estrutura de uma feromona libertada pelas fêmeas do bicho-da-seda para atrair os machos para o acasalamento. Existem quatro isómeros (compostos com a mesma fórmula química, mas que diferem na estrutura molecular) deste composto. Porém, apenas o isómero (10E, 12Z) é utilizado pela fêmea como atractivo sexual. Curiosamente, este isómero é 1000 milhões de vezes mais atraente para os machos do que os restantes isómeros.
Referências bibliográficas
Brusca, Richard C. and Brusca, Gary J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.
Morrison, R., & Boyd, R. (1996). Química Orgânica, Fundação Calouste Gulbenkian. Cap, 4, 155-156.