Esporulação

Conceito de Esporulação

Esporulação é a designação atribuída ao ato, praticado por um ser (fungo ou planta), de se reproduzir usando esporos. Este fenómeno é um processo biológico muito comum entre os fungos e diversas espécies vegetais. O processo pode ser recriado em laboratório, mediante o uso de um meio de crescimento adequado.

O esporo é uma das células reprodutoras produzidas pelas plantas, podendo permanecer inactivo durante o período de tempo necessário ao surgimento de condições climáticas propicias à sua germinação e desenvolvimento. Corresponde à unidade de dispersão produzida por reprodução assexuada.

Este processo exige tempo e uma grande quantidade de energia para a sua realização, sendo algo completamente irreversível depois de terminado. Devido às dificuldades inerentes ao processo de esporulação, é essencial que os indivíduos estejam ligados ao ambiente que os cerca, de forma a prever se as condições são as ideais e se o momento é o mais indicado, para a realização deste processo. Se as condições não forem as corretas a célula pode em ultima analise morrer.

Por se tratar de um processo que pode causar a morte do individuo, a activação da esporulação só ocorre após a célula passar por várias etapas de forma a perceber se está realmente preparada para desenvolver o processo. Estas etapas têm como objectivo impedir a iniciação da esporulação, se o individuo não se encontrar em óptimas condições para a sua realização, uma vez que se trata de um processo irreversível.

A produção dos esporos é um processo lento que pode demorar até três dias, durante este período de tempo praticamente todas as células morrem servindo de alimento às outras células, permitindo assim completar o processo de forma bem-sucedida. Durante este período há a formação de corpos frutíferos.

Os factores que levam à esporulação são variadíssimos, muitas vezes dependendo do tipo de organismos e da espécie que vai realizar a esporulação. Por exemplo, o Bacillus necessita de se encontrar em condições adversas (fome) para que a esporulação tenha início. A iniciação do processo ocorre muitas vezes devido à activação de enzimas que desencadeiam uma cascata de ocorrências no interior das células vegetativas transformando-as.

O processo de esporulação consiste em várias fases:

  • Inicia-se com a duplicação do ADN
  • A segunda cópia de ADN e parte do citoplasma são envolvidos por uma membrana
  • Forma-se uma pequena célula (célula filha) dentro da célula inicial (célula mãe)
  • A célula filha é envolvida por outra membrana e entre as duas membranas encontra-se uma camada de peptidoglicano
  • O último passo corresponde à sobreposição de uma camada proteica sobre a célula filha, formando uma esfera quase impenetrável

A descrição em cima corresponde à formação de um endósporo, pois forma-se dentro da célula mãe. A formação de um exósporo apenas difere na migração do ADN, uma vez que neste caso ocorre a formação de uma protuberância que separa a célula filha da célula mãe.

A grande complexidade e os riscos que os indivíduos correm torna o processo de esporulação o último recurso de sobrevivência, uma vez que dentro do esporo o material genético continua activo, apresentando um metabolismo muito lento, podendo permanecer assim durante muito anos. Os esporos que se comportam como sementes apresentam um outro tipo de desenvolvimento, o processo de esporulação é apenas usado em questões de extrema necessidade.

Palavras-chave:

Esporo

Fungo

ADN

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References:

Choi, Jung. Bacillus subtilis sporulation. Consultado em: Outubro 31, 3015, em http://www.devbio.biology.gatech.edu/?page_id=15

(2003) “Sporulation.” World of Microbiology and Immunology. Consultado em: Outubro 31, 2015, emhttp://www.encyclopedia.com/doc/1G2-3409800530.html

 

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