O Dragoeiro, de nome científico Dracaena Draco, é uma das espécies mais conhecidas do género Dracaena. Endémica dos arquipélagos da Madeira, Canárias e Cabo Verde (zona também conhecida como Macaronésia), atualmente são poucos os dragoeiros encontrados no seu habitat natural, estando no entanto presentes em diversos espaços (como jardins botânicos) em vários países.
Características gerais
Trata-se de uma árvore com longevidade considerável. Estima-se que o dragoeiro mais antigo existente na natureza seja um espécime com cerca de 650 anos de idade que se encontra na ilha de Tenerife (arquipélago das Canárias).
O dragoeiro tem um desenvolvimento lento, podendo demorar cerca de 10 anos a atingir 2 a 3 metros de altura, ainda antes de começar a florir.
Ao longo do seu tronco existem numerosos pequenos orifícios através dos quais a seiva contacta com o ar. Este contacto leva a uma oxidação da seiva, que assim adquire uma tonalidade vermelha que está na origem do seu nome. A sua seiva tem sido conhecida por nome como sangue de dragão.
Esta é uma árvore de porte médio e folhas grandes (podem atingir 60cm de comprimento). Apresenta flores brancas e os seus frutos são bagas carnudas de coloração amarelada ou alaranjada.
Utilizações
Muito utilizado nos séculos XV e XVI, o dragoeiro teve várias utilizações. A sua madeira foi utilizada na construção de embarcações, enquanto que a sua seiva era aplicada na tinturaria, bem como verniz e antioxidante de diversos materiais.
Conservação
A intensa exploração do dragoeiro fez com que esta planta acabasse por ficar ameaçada. É atualmente uma espécie protegida, tendo vindo a surgir projetos para a sua conservação. Na ilha da Madeira, por exemplo, foi delimitada uma área dedicada aos dragoeiros, onde vários espécimes podem ser observados desenvolvendo-se no seu habitat natural.
References:
- Dragoeiro. Disponível: http://www.cm-funchal.pt/ciencia/index.php?option=com_content&view=article&id=528:dracaena-draco-l-l-subsp-draco&catid=109:especie-do-mes&Itemid=338. Acedido 23-10-2015.