Celulose

A celulose é o polímero biológico mais abundante na natureza. É uma estrutura formada por glicose e é o componente principal da parede das células vegetais.

A celulose é o polímero biológico mais abundante na natureza. É uma estrutura formada por glicose, e é o componente principal da parede das células vegetais. Além da membrana plasmática, as células vegetais possuem uma parede celular rígida devido às características da celulose que a compõe. Esta substância permite às plantas, que não tendo um esqueleto, crescer de forma erecta e alongarem-se mais eficazmente em direcção à luz. Permite-lhes também proteger-se dos ataques de herbívoros, da dessecação e da transpiração excessiva.

A celulose é um polímero linear de elevada massa molecular. É constituída por unidades de β-D-glicose ligadas entre si através de uma ligação glicosídica (ligação que resulta de uma reacção de condensação entre uma molécula de um hidrato de carbono com um álcool) entre os carbonos 1 e 4. Esta estrutura linear e o tipo de ligações entre as moléculas de glicose conferem rigidez e resistência à tracção às células vegetais.

Ao nível da estrutura química, por cada unidade de glicose, existem três grupos hidroxilo (grupos OH) que funcionam como locais de ligação (através de pontes de hidrogénio) entre as moléculas de glicose dentro de cada cadeia de celulose e entre as próprias cadeias de celulose resultando, assim, numa associação forte entre as diversas moléculas de celulose.

O conjunto de cadeias de celulose interligadas forma as fibrilas de celulose. Estas fibrilas agrupam-se em microfibrilas, a forma estrutural de celulose que compõe a parede celular. O número de moléculas de glicose que compõem uma molécula de celulose pode variar entre 7 000 a 15 000, dependendo da espécie vegetal.

Produzindo a celulose

Na face das folhas das plantas que está voltada para o solo existem umas pequenas aberturas designadas por ‘estomas’. É através dos estomas que as células vegetais trocam o oxigénio, o dióxido de carbono e a água com a atmosfera. Desta forma, as plantas combinam a água e os sais minerais que as suas raízes absorvem do solo com o dióxido de carbono, produzindo a glicose. Estas moléculas de glicose serão depois necessárias para o fabrico da celulose que irá integrar as paredes das células, e para a produção de substâncias de reserva energética, como o amido.

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References:

Stern, K. R., Bidlack, J. E., Jansky, S., & Uno, G. (2006). Introductory plant biology. Boston: McGraw-Hill Higher Education.

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