Os Anuros (Anura) constituem uma ordem dos anfíbios que inclui as espécies sem cauda como rãs e sapos.
Para além da ausência de cauda, os anuros possuem olhos protuberantes, corpo curto, membranas interdigitais entre os dedos e membros posteriores mais longos que os anteriores.
Os seus longos membros posteriores fazem parte do seu ‘equipamento de salto’ inspirando o nome alternativo para este grupo – Salientia.
Exceptuando o género Ascaphus, a fertilização é externa na maioria dos sapos e rãs. Os ovos são geralmente depositados no meio aquático ou em ambientes húmidos. As larvas alimentam-se normalmente de algas que se encontram agarradas às rochas. Estas larvas estão adaptadas a aproveitar recursos alimentares temporários como algas que ocorrem subitamente em blooms (explosão ou crescimento rápido de algas) em charcos secos.
Após o curto período larvar, a larva experimenta uma rápida metamorfose para um estado adulto, com um aspecto totalmente diferente. Os adultos possuem formas robustas e esticam a língua para se alimentarem.
Em geral, os anuros apresentam um tímpano, bem desenvolvido principalmente em machos que produzem vocalizações territoriais e de corte.
Sapos e rãs
A distinção comumente utilizada entre sapos e rãs é imprecisa. Os sapos são rãs que pertencem à família Bufonidae. Popularmente designa-se por sapo, uma rã que possua pele verrugosa e glândulas parótidas. Estas, são massas glandulares bem desenvolvidas localizadas atrás dos olhos. As verrugas são aglomerados de glândulas da pele, espalhadas pela superfície do corpo. Outras rãs possuem pele lisa sem verrugas e não possuem glândulas parótidas.
Referências bibliográficas
Kardong, Kenneth. (2006). Vertebrates – Comparative Anatomy, Function, Evolution. 4th Edition. McGraw-Hill.
