As amonites são um grupo já extinto de moluscos cefalópodes (grupo dos actuais polvos e lulas) que atingiu a sua máxima difusão durante a era Mesozóica, compreendida aproximadamente entre 250 a 65 milhões de anos atrás. Durante esta era as amonites diversificaram-se numa grande variedade de formas e eram animais cosmopolitas (abundantes e amplamente distribuídos à escala do planeta). Este grupo de animais foi extinto no final do período Cretácico.
As amonites surgiram pela primeira vez há cerca de 240 milhões de anos atrás, embora sejam descendentes directos de cefalópodes pertencentes ao período Devónico (cerca de 415 milhões de anos atrás).
As amonites eram organismos marinhos predadores que viviam dentro de conchas em forma de espiral. Possuíam mandíbulas afiadas rodeadas por um anel de tentáculos que lhes permitiam deslocar-se e se esticavam para apanhar presas como pequenos peixes e crustáceos. Durante o seu crescimento, a amonite formava novas camadas de concha, porém, o animal só se alojava na câmara mais externa. O dimorfismo sexual estava presente (macho com morfologia distinta da fêmea), já que, os machos exibiam conchas de dimensões inferiores às das fêmeas e mais ornamentadas. Possuíam dimensões que podiam variar desde alguns centímetros até cerca de um metro de diâmetro.
Por terem ocorrido por um período de tempo relativamente curto e terem tido uma distribuição geográfica ampla, as amonites são consideradas bons organismos ‘fósseis marcadores’ ou ‘fósseis de idade’, já que, as suas conchas fossilizadas permitem uma eficaz datação das formações geológicas em que se inserem.
Palavras chave
Fauna extinta – Molusco – Fóssil de idade
Referências bibliográficas
Silva, Carlos M. (2011). A evolução dos Invertebrados e a Paleobiodiversidade, em Uma aventura da Terra. Esfera do Caos. 1ª Edição.
Brusca, Richard C. and Brusca, Gary J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.