Uma rede de troca é um caso especial de uma rede social na qual os nós da rede são os atores sociais, e as linhas que ligam os nós, as interações possíveis que podem ocorrer entre atores particulares no processo de troca social. As redes de troca podem ser completas, permitindo interações entre todos os atores sociais, ou incompletas, proibindo as relações entre alguns atores. Assim, uma rede de troca é uma estrutura de condicionamentos sociais que age sobre os processos de trocas sociais entre um grupo de atores.
A pesquisa sobre os processos de trocas sociais tem-se concentrado na questão da variação das estruturas das redes de troca, e do como esta transformação afeta as permutações sociais entre os atores inseridos nas redes. Esta pesquisa tem sido perseguida sobretudo com recurso a experiências, nas quais pequenos grupos de sujeitos participam em processos especificados de trocas sociais.
O domínio das possíveis estruturas ou processos de troca é amplo, dado que existem múltiplas formas de trocas sociais, e enormes variedades de condicionamentos estruturais. Assim, a pesquisa efetuada concentra-se sobretudo no tipo de troca denominado como rede de troca “negativamente ligada”, que é relativamente simples de construir em ambiente laboratorial.
Em suma, esta experiência envolve um pequeno grupo de sujeitos, e a cada um é atribuído uma posição particular na rede de troca; a rede de troca condiciona o padrão de comunicações interpessoais (quem pode comunicar com quem), e os sujeitos são instruídos a tentarem alcançar uma resolução sobre a divisão dos recursos com um possível sujeito com quem podem diretamente comunicar.
Há uma fonte de recursos, habitualmente do mesmo tamanho, associada com cada par de pessoas que estão em comunicação direta. Os sujeitos são instruídos que cada sujeito pode assumir, no máximo, um acordo com outro sujeito, e são recompensados com um prémio monetário, dependendo o prémio da quantidade de recursos que um sujeito reunir no seu acordo com outro sujeito. Presumivelmente, os sujeitos são motivados a maximizarem o lucro, pelo que se empenharão nesse acordo único. Dependendo da estrutura da rede de troca, um ou mais acordos podem ser constituídos entre sujeitos, mas nenhum sujeito pode estar envolvido em mais do que um acordo. É possível que alguns sujeitos não consigam formar nenhum acordo, e se tal for o cenário, não receberão o pagamento. A experiência com um grupo particular de sujeitos termina quando não deixa de ser possível constituir novos acordos.
References:
Skvoretz, J. and D. Willer (1993), “Exlcusion and Power: A Test of Four Theories of Power in Exchange Networks.” American Sociological Review, 58: 801-18.