Teste Apercetivo de Roberts para Crianças (RATC)

Apresentação do Teste Apercetivo de Roberts para Crianças (RATC) é a versão portuguesa do Roberts Apperception Test for Children, originalmente concebido por…

Conceito de RATC

O Teste Apercetivo de Roberts para Crianças (RATC) é a versão portuguesa do Roberts Apperception Test for Children, originalmente concebido por McArthur e Roberts. É uma prova psicológica e, por isso, administrada, cotada e interpretada exclusivamente por psicólogos. É constituída por 16 placas onde são evocados diferentes temas do mundo interpessoal da criança entre os 6 e os 15 anos. Cada uma das placas remete para conteúdos diferentes, sendo eles os seguintes:

Placa Conteúdo
1 Confronto familiar
2 Suporte maternal
3 Atitude escolar
4 Apoio/Agressão
5 Afeto paternal
6 Interação entre pares/racial
7 Dependência/ansiedade
8 Reunião familiar
9 Agressão física
10 Rivalidade entre irmãos
11 Medo
12 Conflito/depressão parental
13 Libertação da agressividade
14 Imposição materna de limites
15 Nudez/ sexualidade
16 Suporte paternal

As histórias contadas pela criança são, posteriormente, codificadas e organizadas em 3 grupos: 8 escalas adaptativas, 5 escalas clínicas e 3 indicadores clínicos. Como escalas adaptativas, podemos apontar as seguintes: Pedido de Ajuda (REL) onde uma das personagens pede ajuda a outra; Suporte-outros (SUP-O) onde se verifica alguma interação positiva entre as personagens; Suporte-criança (SUP-C) onde é demonstrada felicidade ou autocontrolo por uma das personagens; Limite de Comportamento (LIM) havendo a imposição de limites por parte de um adulto para com a criança; Identificação de Problema (PROB) estando patente o problema com o qual a criança se confronta; Resolução (RES-1, RES-2, RES-3), onde se verifica a resolução da história, havendo 3 tipos de resolução diferentes: na primeira o problema deixa subitamente de existir ou tem uma resolução mágica, na segunda a criança descreve uma solução adaptativa fazendo referência aos passos para tal e, na última, para além dos requisitos para a RES-2, a criança deve fazer referência à generalização para situações futuras.

Estão presentes também algumas escalas clínicas: Ansiedade (ANX) onde a criança manifesta algum sentimento de ansiedade; Agressão (AGG) havendo referencia a agressão física ou estar irritado; Depressão (DEP) manifestando-se sentimentos ou sintomas depressivos; Rejeição (REJ) onde uma das personagens rejeita ou não gosta da outra; Não-resolvido (UNR) onde não se verifica a descrição da resolução para a situação problemática apresentada.

Como indicadores clínicos podem-se apontar os seguintes: Resposta Atípica (ATY) quando o conteúdo da história relatada é claramente distorcido e manifestando processos de pensamento perturbado bem como temáticas clínicas (abuso, violência excessiva, homicídio, etc.); Resposta mal-adaptada (MAL) onde a finalização da resposta não é adaptativa (comportamentos desadequados socialmente, tentativa de manutenção do problema, etc.); Recusa (REF) onde a criança se recusa a contar a história. Além das respostas atípicas, das mal-adaptadas e as recusas, considera como indicador clínico as respostas sem score.

No manual da prova, o autor enumera algumas patologias que poderão ser identificadas através da aplicação da mesma, dando exemplos de respostas e características gerais para cada uma das problemáticas referidas.

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