Teoria da Sedução

A Teoria de Sedução é uma das primeiras teorias conceptualizadas por Sigmund Freud ( 1856 1939) como explicitação possível para as crises histéricas das suas pacientes. Entre 1895 e 1897, Sigmund Freud formalizou esta teoria, defendendo que a neurose teria origem em abuso sexual. Esta teoria apoiava-se numa realidade social e numa evidência clínica.

A palavra sedução induz a uma cena sexual na qual um individuo normalmente um adulto serve-se do seu estatuto para abusar sexualmente de um outro individuo passivo e inferior: uma criança ou uma mulher. Surge na psicanalise e na psicologia, carregada por um ato que assenta na violência e na agressão, sejam estas físicas ou morais, entre um agressor, predador sexual e uma vitima. Foi construída com esta base, com base e noção de abuso ou violação, real ou fantasmático. São as recordações desses traumatismos que levou Sigmund Freud à Teoria da Sedução. Construiu a sua primeira hipótese sobre o recalcamento e sobre a causalidade sexual da histeria. Este autor acreditava que as pessoas que possuíam uma neurose histérica eram afetadas por distúrbios neuróticos.

Esta teoria foi abandonada e para esse abandono contribuíram os conhecimentos sobre a sexualidade e sobre a bissexualidade de Wilhelm Fliess (1858-1928). A conceptualização e formulação da teoria da sexualidade muito contribui para esse abandono. A sua substituta é a Teoria da Fantasia. Esta situação abriu campo para novas analises e reflexões sobre a teoria da sedução, podendo ser esclarecida em particular e em especifico para as psicoses, as neuroses e os estados-limite.

Na altura, esta teoria foi abandonada pois nem todos os pais eram violadores e no entanto as histéricas que mentiam, surgiam traumatizadas sem simular cenas de sedução. Não havia lugar para explicação da eclosão de uma neurose a partir da teoria de sedução. Atualmente, esta teoria é valida tal como a teoria da fantasia.

Palavras-chave: neurose histérica, sedução, sexualidade, fantasia.

Bibliografia

Roudinesco, E. & Plon, M.(2000). Dicionário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Inquérito. (obra original publicada em 1997)

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