Conceito de Para-Suicídio
O para-suicídio tem sido estudado como forma de compreender o comportamento suicidário. Em termos epidemiológicos, este comportamento cresceu muito nos últimos 40 anos.
De facto parece haver uma mescla de conceitos no que se refere aos comportamentos suicidários, que se distinguem em pequenos detalhes.
A distinção entre suicídio fracassado e para-suicídio não é fácil. Este caso é ilustrado com recurso ao seguinte exemplo: um idoso que deixa uma carta de despedida e seguidamente toma uma dose excessiva de psicofármacos, desejaria a morte (suicídio fracassado); por sua vez, um jovem que toma uma caixa de psicofármacos e em seguida liga a alguém, não desejaria a morte (para-suicídio).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o para-suicídio é um ato não fatal, no qual a pessoa inicia, de forma deliberada, um comportamento que lhe causará dano (auto-lesão), caso não haja a intervenção de outrem, ou ingere deliberadamente uma substância em excesso. O gesto para-suicida é concebido como sendo igual ao gesto suicida, mas sem as consequências fatais do último.
O para-suicídio tem tido especial incidência em adolescentes do sexo feminino, estando associado a um conjunto de perturbações emocionais. Neste comportamento coexistem os atos que simulam a vontade de morrer, e as pistas peculiares para que o ato não resulte na própria morte.