O Ego e o Id

Apresentação da obra O Ego e o Id (1923) – Esta obra surge no seguimento de Para além do Principio do Prazer (1920) e também Psicologia das Massas (…)

O Ego e o Id

Esta obra de Sigmund Freud surge no seguimento de Para além do Principio do Prazer (1920) e também Psicologia das Massas e Análise do Ego (1921) e surge muito bem influenciada por estes dois livros anteriores. Em Ego e Id, Sigmund Freud, estende o sistema Consciente – Pre-consciente – Inconsciente a uma nova tópica – Ego – Super-Ego – Id, a verdadeira tópica descritiva do psiquismo humano. É a partir da reflexão sobre a dimensão dinâmica que o autor operacionaliza aquilo que ainda hoje caracteriza a psicologia mais profunda do ser humano. O consciente deixa de ser uma instância para ser uma característica básica de conteúdos assim como o pré-consciente e o inconsciente, havendo pois conteúdos inconscientes no Ego, uma localização que descreve, em parte, o Self, o Eu individual. O ego representa a razão e um bom senso, o mediador entre as pressões externas e as pressões internas, maioritariamente vinda de outra localização, com conteúdos mais pulsionais, irracionais, de paixões.

Nesta obra, Sigmund Freud dedica-se a uma explicação exaustiva do que é a psicanalise propriamente dita, através da reflexão e argumentação sobre as relações dinâmicas existentes entre as duas localizações. A novidade acrescentada aos seus textos, nesta obra, é a formação do Super-Ego que correspondendo ao ideal do Ego já abordado em “Introdução ao Narcisismo” (1914), completa o sistema da 2ª tópica. Assim, o ego não tem só como inimigo o Id e a sua pressão para satisfazer os caprichos mais impulsivos, como também sofre as pressões do Super-Ego que representam as interdições e culpa a todo o comportamento e pensamento.

O superego é a constituição mais desenvolvida do Id, tendo na sua génese a evolução sexual do individuo na sua relação ao externo e principalmente aos pais. Na sua constituição está o complexo de Édipo, o polimorfismo perverso infantil e também estão os pais a ordem e a proibição. Não só ao ego se impõe o Id pelo desejo e prazer sem limites, mas também se impõe o Superego pelo refreio constante, por ser uma força contrária ao Id.

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