Kurt Lewin foi um psicólogo social Alemão que se destacou no âmbito da investigação dos grupos e das relações interpessoais, tendo, desde sempre, tentado integrar teoria e prática, nomeadamente na psicologia de Gestalt e na psicologia social.
A Escola de Gestalt tinha como conceito-base a Perceção, sendo esta uma representação mental construída pelo sujeito influenciada por um estímulo externo. A perceção leva-nos a criar impressões que vão, por sua vez, influenciar o comportamento que temos perante uma situação ou pessoa.
Lewin deu importância a um conceito da física, tendo-o aplicado à psicologia: a Teoria de Campo. Nesta teoria defendia que o comportamento do grupo seria influenciado pelo campo psicológico individual. o campo psicológico pode ser definido como a totalidade de fatores coexistentes e interdependentes num individuo num determinado momento.
Outro dos contributos revolucionários de Lewin foi o de Dinâmica de Grupo. Para este autor um grupo seria um conjunto de pessoas com quem um sujeito estabelece uma interação num determinado momento da sua vida, seja num jogo, na escola, na visa religiosa, entre outros. Neste seguimento, veio defender que um grupo não é apenas a soma dos seus elementos, já que os membros do grupo contribuem de forma diferente consoante a individualidade de cada elemento que o constitui, podendo mudar quando o grupo muda também.
Ao estudar os grupos e as relações interpessoais dos membros, Lewin chegou ao conceito de Liderança, onde distingui três tipos de lideres: autoritário, permissivo e democrático.
No estilo autoritário, a liderança estava concentrada numa só pessoa que define as metas e os meios para as atingir, criticando ou elogiando um ou outro elemento sem que houvesse razões objetivos para o fazer.
No estilo permissivo, era dada a máxima liberdade aos membros para definir metas sem que houvesse qualquer participação do líder mesmo quando solicitada.
Por último, o estilo democrático era o que se revelava mais eficaz. As tarefas eram estimuladas e encorajadas pelo líder que explicava os objetivos gerais a atingir e os membros do grupo escolhiam como seria feita a divisão de tarefas.
References:
- Palmonari, A. & Cavazza, N. (2003). Ricerche e protagonisti della psicologia sociale. Bologna: il Mulino