Conceito de Desamparo Aprendido
O desamparo aprendido, proposto por Seligman, mostra que os sujeitos apresentam uma capacidade comprometida/disrupção do comportamento para as respostas de evitamento, após se terem confrontado com estímulos aversivos dos quais não podiam escapar.
Este é um fenómeno que foi primeiramente estudados em sujeitos animais e posteriormente em sujeito humanos.
Foi demonstrado que a exposição repetida a estímulos aversivos (imprevisíveis e fora do controlo) não só produz respostas de medo e evitamento, como produz efeitos de incapacidade manifestos a longo-prazo. Neste fenómeno, preconiza-se que perante tais circunstâncias é natural que seja desenvolvida a expetativa de que o comportamento pouco efeito tem no meio circundante, sendo esta expetativa generalizada a muitas outras situações. Esta experiência precoce de exposição a eventos aversivos que estão fora do controlo vai produzir uma sensação generalizada de desamparo, que pode condicionar quer o desempenho quer a aprendizagem.
Maier e Seligman propõe três componentes do desamparo aprendido: 1) motivação: os défices a este nível mostram o decréscimo na tentativa da pessoa controlar os eventos em seu redor; 2) cognição: capacidade reduzida de aprender através da experiência; e 3) emoção: problemas emocionais que surgem após a exposição aos estímulos aversivos.