Escrita para televisão

A escrita para televisão difere da escrita para os outros meios de comunicação social como por exemplo da escrita para rádio, para imprensa ou para plataformas digitais. Este artigo pretende identificar as diferentes formas de comunicar a informação através do meio da televisão.

Escrita para televisão

A escrita para televisão é uma escrita não uniforme mas à semelhança da escrita para outros meios de comunicação social tais como a escrita para rádio, a escrita para imprensa (sejam jornais ou revistas) ou mesmo a escrita para plataformas online tem o mesmo objetivo: ser vista, ouvida, e entendida pelo maior número de pessoas possível. A escrita para televisão tem que ser uma escrita cujas mensagens (jornalísticas ou não) sejam escritas de forma atraente e apelativa por forma a cativar o público a que se destina. Para ser captado e entendido por todos a mensagem ou conteúdo televisivo tem que ser adequado à sua finalidade e ao seu público assim como respeitar as regras básicas de comunicação, que são iguais para qualquer meio de comunicação social.

Em televisão existem vários géneros jornalísticos cuja escrita tem que ser adaptada por forma a exprimir a mensagem da melhor forma. O que distingue os diferentes géneros televisivos são o formato, a duração, a linguagem televisiva e a linguagem jornalística. Esses géneros jornalísticos são os seguintes:

  • Peça de jornal, que é uma forma de apresentar a informação tratada em off ou numa peça de curta duração, ou seja, de duração não superior a 1’20’’ (um minuto e vinte segundos). Na peça de telejornal a parte de escrita tem um papel crucial assim como a pesquisa para elaborar o guião televisivo da peça.
  • Reportagem de telejornal, é geralmente sobre um tema de grande importância e atualidade jornalística, com duração entre os 1’20’’ e os 1’50’’ e a técnica de escrita usada para a reportagem de telejornal é baseada em critérios de imagem, tempo do discurso, do ritmo, da velocidade e da pausa.
  • Documentário ou Grande Reportagem é um trabalho com duração entre os 25 minutos e os 50 minutos, a temática é relacionada com a atualidade apesar de não serem informações de carácter urgente. A escrita para elaboração de documentário pode ser feita através de um guião e implica uma investigação jornalística profunda e demorada e por isso leva também mais tempo e mais dedicação à elaboração desse mesmo guião escrito.
  • Entrevista, seja ela em direto ou gravada, geralmente implica um guião escrito em que o jornalista, produtor ou apresentador escolhe e escreve previamente as perguntas que pretende fazer ao entrevistado/convidado, que anota vários apontamentos sobre a temática da entrevista e ou sobre o entrevistado e onde vai tirando as duas próprias notas.
  • Debate, neste tipo de forma de comunicação a escrita é igualmente importante na medida em que os intervenientes assim como o moderador têm que ter igualmente um guião escrito com as ideias a debater, os seus argumentos e contra-argumentos por forma a ter um discurso o mais articulado possível.
  • Apresentação, seja em telejornal como pivot ou como apresentador de um determinado programa, o jornalista ou comunicador serve-se também da escrita televisiva para ter um suporte ao seu discurso. Em ambos os casos esse suporte é geralmente o teletexto sendo que em apresentações em exterior (por exemplo repórteres) não é possível ter esse suporte. Em apresentação são usados muitas das vezes cartões que o apresentador ou comunicador tem em mãos e que contêm informações pertinentes à emissão que está a coordenar e apresentar.

A escrita para televisão e para os diferentes meios informativos deve ser cuidada, direta, simples. Quando se escreve para televisão, seja para que género jornalístico for, pressupõe-se que exista uma fase de pesquisa em que o jornalista, produtor ou guionista pesquisa sobre o tema, faz entrevistas, contacta com as suas fontes de informação para assim ser capaz de escrever a peça, a reportagem ou a apresentação de forma mais consciente, informada, simples e direta possível. Nem tudo pode ser dito da mesma maneira e por isso a escrita para televisão tem que ter várias formas adaptadas aos meios de comunicação social. Outra das características da escrita para televisão (e que acaba por a diferenciar das escritas para outros meios) é que como a televisão é um meio com som e com imagem a escrita tem que ser feita nesse sentido. Por exemplo, em rádio, a escrita tem que ser mais descritiva e visual uma vez que o meio radiofónico não tem imagem, é apenas servido por áudio.

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