Conotação ocorre quando o signo (refere-se a algo que não ele próprio; são construções com significado) se encontra com os sentimentos e emoções dos utentes e com os valores da sua cultura. Este é o termo utilizado por Barthes para descrever uma das formas de funcionamento do signo. Esta tem um significado subjetivo e a imagem conotada é formada a partir do seu sentido cultural.
Conotação é a parte humana do processo, ou seja, a seleção do que se inclui na imagem, a sua focalização, a exposição, o ângulo. Numa fotografia, a conotação refere-se à forma como foi fotografada.
Um outro exemplo está presente na forma como falamos, pois, nela estão expressos sentimentos ou valores face àquilo que dizemos. Também a escolha das palavras é feita de forma conotativa.
Existem conotações mais sociais e menos pessoais, como as insígnias do uniforme de um oficial. Em sociedades hierarquizadas e que valorizem a distinção entre classes ou postos, as insígnias atribuem muito valor a uma posição social elevada.
Como a conotação atua de forma subjetiva, frequentemente não se tem consciência dela. Ver uma fotografia de uma rua a preto e branco, com uma focalização rígida, sem humanismo pode ser interpretada como tendo uma significação denotativa, ou seja, as ruas são assim. São frequentemente lidos os valores conotativos como sendo denotativos, ou seja, com sentido objetivo e, assim, visto como algo igual para todas as pessoas.
References:
Fiske, John (1990), Introduction to communication studies, London, Routledge (trad. Introdução ao estudo da comunicação, Porto, Ed. Asa, 1993, pp. 118, 119, 120.