Como compreender o conceito de juízo? Qual é a sua estrutura? E como podem ser classificados os juízos? O juízo é a expressão central do pensamento humano, pois todo o ato de pensar resulta em determinado juízo. As ideias são a matéria prima dos juízos, e os raciocínios concatenações de juízos que resultam em novos juízos. Um juízo é expresso por proposições no caso de ser verbalizado ou escrito.
Por norma, num juízo é estabelecida uma relação entre dois ou mais conceitos, sendo que é afirmado ou negado algo (o predicado) sobre um sujeito. Na lógica aristotélica a relação foi minimizada à seguinte estrutura predicativa: “S é P” e “S não é P”.
Estrutura
Um juízo é estruturado de acordo com a seguinte forma: possui quantificadores (ex. todos, alguns, nenhuns); o sujeito (ex. homens, mulheres, insetos); a cópula (ex. são, é); o predicado (ex. mortais, nocivos, preguiçosos).
Classificação
Um juízo pode ser classificado segundo a quantidade (extensão do termo que desempenha a função de sujeito); a qualidade ou forma (natureza da cópula que une o sujeito ao predicado); a modalidade (vínculo existente entre S e P); a relação (relação entre o sujeito e o predicado).
Quantidade:
Singulares: O cão é castanho.
Particulares: Certas mulheres são loiras.
Universais: Todos os homens são mortais.
Qualidade:
Afirmativos: A Margarida é bonita.
Negativos: A Primavera não é o Inverno
Modalidade:
Assertórico: O livro é grosso.
Apodítico: O triângulo tem três lados.
Problemático: Viverei mais 40 anos.
Relação:
Categóricos: Esta pintura é de Dali
Hipotéticos Condicionais: Se estiver atento, aprenderei mais.
Hipotéticos Disjuntivos: Ou falo ou estou calado.
References:
Fátima Alves, José Arêdes e José Carvalho: 705 azul – Filosofia 11.º Ano.