Dentição Decídua

Definição geral dos tipos de dentição que existem: dentição decídua, a dentição definitiva e a dentição mista…

Há três tipos de dentição. A dentição decídua, a dentição definitiva e a dentição Mista.

A dentição decídua também conhecida como dentição de leite é o primeiro conjunto de dentes que surgem na cavidade oral do ser humano. O primeiro dente surge por volta dos seis meses (sendo que existem casos em que existem dentes neo-natais, referindo-se estes a dentes que existem na cavidade oral aquando do nascimento. Tais dentes exigem extracção para que a alimentação não seja comprometida). Regra geral, o primeiro dente a nascer é o Incisivo Central inferior (numerado como 7.1 ou 8.1). Os últimos dentes decíduos a erupcionarem regra geral são os caninos. Apesar das idades colocadas aqui, existem excepções portanto, referimo-nos a idades médias de erupção podendo acontecer ligeiramente mais cedo ou mais tarde.

A dentição decídua é constituída por 20 dentes, sendo 4 incisivos superiores (2 incisivos centrais superiores e 2 incisivos laterais superiores), 4 incisivos inferiores (2 incisivos centrais inferiores e 2 incisivos laterais inferiores), 4 caninos (2 superiores e dois inferiores), 4 molares superiores e 4 molares inferiores. Por volta dos 2 anos de idade a dentição decídua está completa e permanece assim até por volta dos 6 anos quando existe uma dentição mista com o surgimento dos primeiros molares definitivos.

Idades da erupção dos Dentes decíduos:

  • Incisivos Centrais Inferiores – 6-9 Meses
  • Incisivos Centrais Superiores – 9-10 Meses
  • Incisivos Laterais Inferiores – 10-11 Meses
  • Incisivos Laterais Superiores – 11-12 Meses
  • Primeiros Molares Inferiores e Superiores (regra geral a erupção ocorre segundo a ordem que está colocada, podendo existir alterações) – 12-16 meses
  • Caninos – 14-24 Meses
  • Segundos Molares Inferiores e Superiores – 20-30 meses

É comum associarem à erupção dentária um mal-estar generalizado em vista do facto dos dentes romperem pelas gengivas. Para diminuir tais sintomas é comum arranjar mordedores para os bebés (sendo que alguns podem ser colocados dentro do frigorífico aumentando o bem estar do bebé) e a colocação de géis nas regiões afectadas.

Os dentes decíduos são de extrema importância para as crianças visto que têm imensas funções e devem ser preservados. Com frequência alguns têm a ideia de que em vista do carácter temporário dos dentes de leite eles não são muito importantes, mas o mesmo não é verdade. Os dentes decíduos são de extrema importância e devem ser preservados.

Os dentes decíduos são importantes visto que a digestão inicia-se na cavidade oral, logo, a presença dos 20 dentes que compõem a Dentição decídua participam na criação do bolo alimentar. Em vista do acentuado desenvolvimento a que a criança está, a presença dos 20 dentes permite que os dentes cortem, rasguem e moam os alimentos de um modo apropriado. Além disso, os dentes servem de guia para o nascimento dos dentes definitivos portanto a presença dos mesmos são fundamentais para que os dentes fiquem na posição correta ao erupcionarem. A mastigação correta também permite o desenvolvimento dos maxilares, por isso existe a necessidade da presença de todos os dentes. Além disso, os dentes também participam na formação de sons, portanto, mantê-los permite o desenvolvimento da linguagem. Para evitar a perca de peças dentárias, é preciso uma boa escovagem e uma boa suplementação com flúor, para tal é necessário consultar um profissional de medicina dentária desde bem cedo. A escovagem dos dentes inicia-se na altura da erupção do primeiro dente, apesar de desde o nascimento exigir-se a limpeza da mucosa oral.

Estes dentes são mais bojudos que os dentes permanentes, e a polpa é maior do que nos dentes permanentes, isso significa que existe maior facilidade para a formação de abcessos periapicais. Estes dentes são mais brancos que os dentes permanentes, por isso também são conhecidos como dentes de leite.

As raízes dos dentes de leite são mais pequenas que as dos dentes permanentes, no entanto, sofrem um processo de rizólise, onde os dentes permanentes absorvem as raízes dos dentes decíduos levando a que os mesmos comecem a abanar e caiam, criando espaço para o aparecimento dos dentes definitivos.

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