EMLA

Conceito de EMLA:

A prevenção da dor nas crianças é muito importante sobretudo em situações que acarretam, para além da dor, uma carga de ansiedade significativa.

Acerca da dor na criança, é importante falar sobre as características do EMLA – usado em crianças que recorrem, por exemplo, ao hospital pediátrico, para fazerem análises/colheitas de sangue ou pequenos atos cirúrgicos e que visa o alívio da dor.

Assim, o EMLA é uma emulsão que consiste na mistura de dois princípios ativos: a lidocaína e a prilocaína. Existe sob as formas terapêuticas de creme e de penso. O EMLA tem a capacidade de penetrar na pele intacta, permitindo obter, com um desconforto mínimo, uma anestesia local eficaz.

O EMLA tem sido usado com o fim de possibilitar um alívio de dor em vários tipos de procedimentos invasivos, tais como: venopunção, vacinação, injeções intramusculares, punções lombares, cirurgias cutâneas superficiais, entre outras.

A quantidade a aplicar de creme varia consoante a idade e a área do corpo que se pretende anestesiar. Deve ter-se em atenção recém-nascidos e lactentes até aos dois meses de idade, pois aí a quantidade não deve ultrapassar 0,5 a 1gr/dia, devendo ser esta uma dose única.

A profundidade da anestesia aumenta com o tempo de aplicação, recomendando-se um período de contacto de 60 a 120 minutos consoante o procedimento a efetuar e a área de pele a anestesiar. Deve-se registar a hora de aplicação no próprio penso.

Podem ocorrer com a aplicação, alguns efeitos adversos, sendo estes geralmente transitórios ou ligeiros. Os mais frequentes são a descoloração transitória da pele, eritema e prurido. Mais raramente, temos uma sensação de queimadura, tumefação ligeira e petéquias em crianças com fragilidade capilar.

Apesar de raras, existem algumas contraindicações para aplicação do EMLA como: pele não integra; aplicação próxima dos olhos; sensibilidade ou alergia a algum dos componentes do creme; casos de história de dermatite atópica; crianças com idade inferior a 12 meses que estejam a tomar medicação indutora da formação de meta-hemoglobina e em doentes que sofram de meta-hemoglobinémia; e em risco de toxicidade sistémica.

A aplicação do EMLA não deve ser por si só a solução, aliado a esta devem estar técnicas de distração e comunicação com o propósito de reduzir a ansiedade.

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