Conceito de Embrião Humano
Algumas horas após a fecundação do ovócito por um espermatozóide, ocorre a primeira divisão celular que leva à formação de 2 células (ou 2 blastómeros). No segundo dia é esperada a divisão em 4 células e ao terceiro dia o embrião já deve possuir 8 blastómeros. Até esta fase, todos os processos são controlados pelo genoma materno. A partir do terceiro dia é ativado o genoma embrionário, do qual fazem parte a informação genética materna e paterna. As 8 células, idealmente presentes ao terceiro dia, continuam a dividir-se e no dia seguinte o embrião começa a compactar, deixando de ser percetíveis os limites de cada célula e formando-se uma massa celular bem coesa denominada de mórula. É a partir desta altura que as células começam a diferenciar-se, dando origem à trofoectoderme, ao blastocélio e à massa celular interna, estruturas de um blastocisto (fase típica de um embrião ao quinto dia de desenvolvimento). É possível observar o desenvolvimento de embriões obtidos por técnicas de fertilização in vitro até ao estado de blastocisto, uma vez que só é possível manter o embrião em cultura até ao quinto ou sexto dia. É portanto nesta fase de desenvolvimento, no máximo, que o embrião tem de ser transferido para o útero de forma a continuar a sua evolução. Uma vez no útero, o embrião escapa da proteção da zona pelúcida, eclodindo, e implanta-se no endométrio. Após a sua implantação, ocorrem uma série de processos como a formação dos anexos embrionários, o desenvolvimento de órgãos, dos sistemas de órgãos, dos membros superiores e inferiores, entre muitos outros. No final do desenvolvimento embrionário, o embrião é ainda um ser muito pequeno, medindo cerca de 3 centímetros, mas já terá estabelecido aproximadamente 90% das estruturas de um corpo adulto. A fase fetal de desenvolvimento corresponde aos últimos 2 trimestres de gestão, período durante o qual ocorre a maturação dos sistemas de órgãos já estabelecidos na fase embrionária e o crescimento do organismo.