Cárie Dentária

Apresentação do conceito de Cárie Dentária… A Cárie Dentária é uma doença multifactorial com uma elevada prevalência na população geral, na época da (…)

Conceito de Cárie Dentária

A Cárie Dentária é uma doença multifactorial com uma elevada prevalência na população geral, na época da segunda guerra mundial, era a doença mais prevalente na população mundial. Apesar de actualmente, em países mais desenvolvidos ter uma elevada vulnerabilidade continua a atingir uma parte significativa da população. A cárie dentária é causada pelo défice de remineralização dos tecidos dentários (esmalte ou cemento se estivermos a falar de uma cárie radicular, e dentina). Quando ingerimos alimentos existe uma diminuição do pH na cavidade oral, causada pelo ácido (essencialmente ácido Lácteo), produzido pelas bactérias existentes na cavidade oral. Esta diminuição do pH causa a dissolução do esmalte, e o mesmo cerca de 30 a 40 minutos, volta a remineralizar. A ingestão de açúcar (essencialmente sobre a forma de sacarose) provoca uma produção maior de ácido, e por isso, existe a necessidade de ajustar a ingestão de açúcar, em especial fora das horas das refeições. Sendo uma doença multifactorial depende da alimentação, da genética, da remoção de placa bacteriana, e da flora oral. No entanto, se conseguirmos remover a placa bacteriana diminui-se drasticamente a possibilidade de desenvolver cáries dentárias.

É uma doença infecciosa e transmissível, quer entre dentes, quer entre pessoas, portanto, existe a necessidade de diminuir a troca de fluídos, para diminuir o risco á cárie. O nome cárie do ponto de vista etimológico significa material podre o que explica bem o que acontece aos tecidos que são afectados pela cárie dentária.

As áreas afectadas pela cárie dentária, apresentam-se ao início como pequenas áreas de coloração escura ou cinza nos sulcos (área oclusal ou de mastigação) e nas áreas proximais dos dentes. Dependendo da extensão da cárie e dos tecidos envolvidos a mesma pode ter implicações significativas na saúde geral do indivíduo. A cárie se não for devidamente prevenida e tratada, leva á perca de peças dentárias.

Os microorganismos mais frequentemente associados com a cárie dentária são o streptococcus mutans e o lactobacillus. Os streptococcus mutans estão regra geral associados com cáries iniciais e os lactobacillus regra geral estão associados com processos mais avançados de cárie dentária. Em vista disto, estão a ser feitos esforços para desenvolver vacinas contra a cárie dentária, mas ainda sem sucesso.

O ponto mais significativo acerca da cárie dentária, é que apesar das dificuldades existentes em relação á definição e comportamento dos microorganismos em relação á progressão da cárie dentária, existe uma maneira simples de prevenir a cárie dentária. Ela passa por uma alimentação equilibrada, por ajustar a ingestão de açúcares simples a ocasiões após refeições principais, e por ter uma higiene oral que permita remover a placa bacteriana. A progressão da cárie dentária cria uma cavidade que dificulta a higiene oral e facilita a progressão da cárie dentária.

As principais localizações da cárie dentária são: em crianças e adolescentes, o local mais comum para aparecimento da cárie dentária é na face oclusal, visto que não existe ainda oclusão entre os dentes superiores e inferiores o que impede a oclusão e limpeza entre eles. Á medida que os dentes passam a ocluir e é feita a limpeza das superfícies oclusais, por isso com o tempo o lugar mais provável para aparecimento da cárie dentária são os espaços proximais (faces mesiais e distais), o que acontece com frequência pela dificuldade que existe em remover a placa bacteriana dos espaços interdentários.

Existem ainda algumas cáries radiculares que são de difícil identificação e com frequência de difícil tratamento (em vista da dificuldade de tratamento por causa de gengivas), com frequência essas cáries acontecem em virtude do dente ter extruído ou da doença periodontal. Regra geral essas duas condições permitem uma exposição do cemento que é menos resistente que o esmalte, o que provoca então a cárie dentária. Além disso, existe cáries secundárias ou recidivas que são cáries detectadas ao redor das margens das restaurações. Estas cáries são, via de regra, provocadas por deficiências nas restaurações (excessos, ou fracturas nas restaurações).

Os primeiros sinais de cárie são como foi explicado acima a presença de uma mancha. A cárie de esmalte é praticamente indolor. Quando a mesma chega á dentina existe, com frequência, dor quando se ingerem alimentos quentes ou frios e doces. Ao chegar á polpa podem surgir abcessos periapicais ou condições mais graves como angina de Ludwig, o que se não tratado pode levar ao óbito. Existe por isso a necessidade de detecção precoce e tratamento adequado para impedir quer a perca da peça dentária quer outras circunstâncias piores.

O diagnóstico da cárie dentária pode ser clínico ou radiológico.

O tratamento passa pela remoção dos tecidos infectados e pela substituição dos mesmos por material restaurativo como amálgamas e compósitos.

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