Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é conhecimento – teoria, dados, avaliação – que descreve os meios para alcançar uma classe de fins desejados.” – Allen Newell, 1977

Apesar de (ainda) não fazer parte da lista de palavras de uso quotidiano, o conceito Inteligência Artificial (IA) é conhecido da população em geral, e, cada vez mais, aplicado pelos media e por diversas comunidades científicas. No entanto, a noção que muitos possuem do termo é a de que “tem alguma coisa a ver com computadores”.

IA é muito mais do que isso. Esta pode ser vista como uma ciência, que tem como último objectivo a compreensão do funcionamento do conhecimento humano, do fenómeno que é a inteligência, mas também como um ramo da engenharia, já que procura construir aparelhos que auxiliem e até imitem o exercício da mente humana. De modo a modelar o pensamento em processos computacionais, tenta-se explicar os processos mentais através de um corpo de explicações algorítmicas. Um algoritmo deve ser entendido como uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, as quais podem ser executadas mecanicamente, num período de tempo e com uma quantidade de esforço também finitas.

A IA está estreitamente ligada à Cibernética, na medida em que são interdependentes, já que é através da Cibernética que são materializadas e aplicadas as teorias da IA.

Existem dois tipos de IA, a Forte e a Fraca.

A IA Forte é denominada de auto-consciente e é aquela que levanta mais problemas éticos, pois envolve termos mais indefinidos, como consciência, já que, através da IA Forte se pretende que uma máquina raciocine e resolva problemas, tal qual um ser humano, sendo que, deste modo, também um computador possuiria dor, prazer, crenças, etc. A tese forte da IA, ou cognitivismo, assume a diferença entre hardware e software e defende que aquilo que deve ser reproduzido é o software para se ter a inteligência artificial; assim, a partir desta posição, alguns autores defendem que, mais tarde ou mais cedo, será possível reproduzir, neurónio a neurónio, a mente humana de alguém numa máquina (hardware) que lhe dará corpo. É no âmbito do cognitivismo que surge a ideia de que o computador por ele próprio desenvolve novos algoritmos com base em regras e meta-regras, desprezando o poder do homem o programar.

Por sua vez a IA Fraca é apenas uma simulação da inteligência humana, o computador apenas existe um comportamento inteligente, apesar de não possuir auto-consciência. Segundo a tese fraca da IA, ou conexionismo, admite-se que para se ter IA, o que é necessário é reproduzir o hardware, ainda que sejam necessários alguns elementos de software; de acordo com esta teoria, a inteligência pode ser simulada, e não reproduzida. A meta para atingir a IA será a criação de máquinas de exibam um comportamento inteligente.

É justo afirmar que a Inteligência Artificial está ainda numa fase muito precoce do seu desenvolvimento; muitas críticas e testes têm sido colocados a ambas as formas de IA, e os desenvolvimentos nesta ciência não param de aumentar.

 

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