Para a manutenção de uma boa Higiene Oral são usados colutórios ou antisépticos orais, também conhecidos como Elixires. Elixir refere-se especificamente a preparados farmacêuticos com ingredientes ativos dissolvidos numa solução aquosa que contenha uma percentagem de álcool etílico. Visto que a maioria dos antissépticos orais da atualidade não são preparados de álcool o nome dado a esses é Colutório.
O Colutório é usado como complemento da remoção mecânica da placa bacteriana e não como substituto da mesma. Os mesmos podem ser usados com várias utilidades. Existem antisépticos, mas também existem compostos com minerais ou compostos feitos próprios para fortalecer os dentes, além de alguns que combatem as bactérias que produzem os sulfitos sendo eficientes em diminuir o mau hálito. A escolha de colutório deve ser tutoriada por um profissional de saúde, e ir ao encontro das necessidades atuais do indivíduo. Ao se escolher o colutório deve se prestar atenção ao período de tempo que o Príncipio activo que está presente na cavidade oral.
O uso prolongado de antissépticos, em especial aqueles que são feitos com bases alcoólicas pode provocar uma descamação da mucosa, ou afetar as papilas gustativas. O enxaguante oral, para ser eficiente deve permanecer na cavidade oral durante 30 segundos a um minuto, periodo durante o qual deve ser bochechado para efeitos sobre os dentes, ou gargarejado para efeito sobre a língua ou amígdalas. Visto que a maioria dos dentífricos contêm na sua composição lauril sulfato de sódio, o colutório não deve ser feito após uma escovagem mas apenas depois de uns 30 a 60 minutos após a escovagem. Naturalmente que não se deve passar por água após o bochecho visto que isso irá provocar uma diminuição da atividade do príncipio ativo. O uso de agentes químicos na Higiene Oral é especialmente importante após cirurgias, em especial em caso de extracções.
Em seguida uma lista dos tipos de príncipios ativos mais comuns:
Desinfetantes:
Clorexidina; Hexetidina, Triclosan, Cloreto de benzalcônio, Cloreto de Cetilpiridinium, Iodopovidona
Antiplaca:
Sanguinarina, Peróxido de Hidrogénio,
Antisensibilizante:
Cloreto de Zinco,
Anticárie:
Flúor
Compostos Fenólicos:
Compostos fenólicos incluem óleos essenciais que têm propriedades antibacterianas, como o fenol, o eucaliptol, o timol, o eugenol ou o mentol.
As primeiras referências históricas ao uso de agentes químicos para controlo da placa bacteriana remonta á China cerca de 2700 anos antes de Cristo (Ou mais corretamente Antes da Era Comum), no tratamento da gengivite. Mais recentemente há registos de que as classes mais altas das culturas gregas e romanas faziam uso de colutórios, ou algo parecido, para sentirem a cavidade oral seca. E Hipócrates, fundador da medicina moderna, recomendava uma mistura de sal, alume e vinagre. Há referências no Talmude Judaico, a liquídos para bochechar para o tratamento de doenças periodontais. Do outro lado do Mundo, na América, também se encontram liquídos extraídos de plantas nativas.
Com os estudos de Anton van Leeuwenhoek, no século 17, descobriu organismos vivos nos dentes, ele preparou soluções de vinagre e brandy para a morte das bactérias. Ele observou que esta solução levava á imobilização ou morte dos microorganismos. Ao experimentar na cavidade oral ele notou que os resultados não eram tão promissores, quer pelo facto de ter pouca capacidade de matar os microorganismos quer pela incapacidade do príncipio ativo permanecer pouco tempo na cavidade oral. Estes problemas observados por Anton Van Leeuwenhoek permanecem até hoje, visto que são ainda os principais óbices á remoção química de placa bacteriana. A mesma permanece como substrato para o biofilme se não for removida mecânicamente. Mais tarde, cerca dos anos 1960, o senhor Harold Loe (na época professor do Royal Dental College na Dinamarca), notou que compostos de clorexidina era efetivos em matar as bactérias da placa bacteriana, e que tinham um período de substantividade elevado, no entanto, concentrações muito elevadas de clorexidina mancham os dentes. Portanto, apesar de muito eficientes em eliminar a placa bacteriana o conjunto de efeitos adversos que a Clorexidina faz com que seja pouco utilizada em tratamentos a longo prazo, ou que sejam usadas concentrações baixas de Clorexidina.