Movimento e Fases da Lua

A Lua é o satélite natural do planeta Terra, que influência diretamente a vida no planeta, como por exemplo, os efeitos das marés e desde os tempos…

A Lua é o satélite natural do planeta Terra, que influência diretamente a vida no planeta, como por exemplo, os efeitos das marés e desde os tempos mais primórdios chama a atenção e a curiosidade dos seres humanos.

A Lua é cerca de 49 vezes menor que o planeta Terra. Está a uma distância média de Terra de aproximadamente 384 000 Km, distância essa que diminui para 356 000 Km  no perigeu e pode chegar a 506 000 Km de distância no apogeu, que é o momento em que o satélite natural fica mais afastado da Terra.

Na superfície da Lua, a gravidade é bastante baixa comparada com a da Terra, pois na lua a gravidade chega a ser cerca de um sexto da terrestre.

Relativamente aos movimentos da Lua, esta, tal como a Terra, não está parada no céu. Ela gira à volta da Terra, que por sua vez gira em torno do Sol.

A Lua possui muitos movimentos, mas os principais são translação, rotação e revolução.

O movimento de translação é o que ela faz em torno do Sol, acompanhando a Terra. A sua duração é de um ano, como o da Terra, portanto 365 ou 366 dias.

O movimento de rotação é o que ela faz em torno do seu próprio eixo.

O movimento de revolução é o que ela faz em torno da Terra.

 Os movimentos de rotação e de revolução têm a mesma duração, pois são realizados em tempos iguais, num período aproximado de 28 dias. A este período de 28 dias, em que a Lua gira em torno da Terra e em torno de si mesma dá-se o nome de mês lunar. O número de dias do mês lunar é diferente do número de dias do mês da Terra.

Ao tempo que a Terra leva para girar à volta do Sol, que é 365 ou 366 dias, dá-se o nome de ano terrestre e o tempo que a Lua leva para girar juntamente com a Terra, em torno do Sol, chama-se ano lunar.

Como a Terra e a Lua giram no mesmo tempo e no mesmo sentido, então a face da Lua que se vê é sempre a mesma. Isto acontece porque a força da gravidade que um planeta, em órbita, exerce sobre um objeto é maior na parte do mesmo com maior massa, portanto, a face da Lua com maior massa fica sempre voltada para a Terra. A outra face da Lua é chamada de fase oculta.

Sabe-se também que a Lua influência as águas do planeta devido à atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra e também devido à atração gravitacional exercida pelo Sol sobre a Terra, que fazem com que ocorram as marés na Terra.

À medida que a Lua se desloca na sua órbita, à volta da Terra, é vista do planeta formando diferentes ângulos com o Sol. Por isso, a Lua aparece sob diferentes aspetos, denominados pro fases. Há inúmeras fases, mas podem-se destacar quatro fases principais, que tomam denominações especiais, sendo estas Lua Nova, Lua Quarto Crescente, Lua Cheia e Lua Quarto Minguante.

A Lua Nova é a denominação dada para a fase da Lua quando a sua fase visível não recebe luz do Sol, ou seja, a Lua encontra-se entre o Sol e a Terra, portanto, como a sua fase visível está voltada para nós e de costas para o Sol, não se consegue vê-la.

Depois desta fase vem a Lua Quarto Crescente, que é quando a parte visível da Lua começa a receber luz do Sol e, para nós, fica com uma forma de semicírculo apontando para leste. Esta fase culmina apenas com metade da parte visível da Lua recebendo a luz do Sol e, por isso é que se dá o nome de quarto, pois apenas um quarto da Lua está iluminada.

Após o Quarto Crescente tem-se a fase de Lua Cheia, ou seja, todo o seu lado visível da Terra encontra-se totalmente iluminado pelo Sol.

O último estágio é o Quarto Minguante. Nesta fase, a parte iluminada da fase visível da Lua vai diminuindo. Durante este período a Lua assume novamente o aspeto de um semicírculo até culminar com apenas um quarto da Lua iluminada pelo Sol novamente, só que desta vez no sentido inverso da fase Quarto Crescente.

A Lua entra em fenómenos curiosos, chamados de eclipses. Os eclipses em que a Lua entra são de dois tipos, conforme se deixa de ver o Sol ou a Lua, sendo estes, o eclipse do Sol e o eclipse da Lua.

Existe um eclipse do Sol quando a Lua está exatamente entre o Sol e a Terra, de modo que a luz do Sol aparece tapada em alguns lugares da Terra. O eclipse total do Sol só se observa numa zona limitada da Terra e dura apenas alguns minutos.

Por outro lado, existe eclipses da Lua quando a Terra está exatamente entre o Sol e a Lua. A Terra projeta a sua sombra sobre a Lua, tapando-a.

Como curiosidade, para marcar a passagem do tempo, os povos antigos utilizavam fenómenos naturais que se repetiam periodicamente, como os movimentos do Sol e da Lua.

Há cerca de 5500 anos, surgiu um dos primeiros calendários, dos povos que habitavam a Babilónia, região do Médio Oriente, atualmente ocupada pelo Iraque. O calendário babilónico era lunissolar, o que significa que utilizava o Sol e também a Lua como referência. O ano desse calendário era composto por 12 meses lunares com duração de 29 ou 30 dias. Assim, o ano babilónico possuía, desta forma, 354 dias, ou seja, menos onze dias que o ano contado a partir da observação do Sol. Para ajustar o ano lunar com o ano solar, periodicamente era acrescentado um décimo terceiro mês.

Também os povos indígenas da família Tupi-Guarani utilizam a Lua como indicador do mês, que começa quando se observa a Lua com um fio crescente no horizonte oeste, pouco depois da Lua Nova. Para a mitologia desses povos, a Lua e o Sol são entidades masculinas, sendo a Lua o irmão mais novo do Sol.

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