O logótipo ou logo é uma representação tipográfica, que obedece a determinados padrões visuais e normas, que pretende identificar e distinguir qualquer instituição, produto, serviço ou evento dos demais existentes no mercado. É essencial que seja visualmente agradável, criativo, e que as cores e o tipo de letra (font) sejam muito bem selecionados. É natural que os logotipos sofram um restyling à medida que o tempo vai passando para uma maior adaptação à própria evolução do mercado.
O conceito “logotipo” tem evoluído ao longo dos tempos e pode ser analisado sobre duas perspetivas – a da tipografia (conjunto de caracteres unidos num só para facilitar a composição manual) e a do marketing (símbolo ou emblema que representa e identifica uma marca, um produto ou uma instituição, distinguindo-o dos restantes existentes no mercado). De qualquer forma, os primeiros logotipos eram compostos por caracteres especiais posicionados de forma distinta mas legível. Hoje, assistimos a um conceito mais abrangente. Ainda que no campo da visão abranja já, para alguns, a parte gráfica – o símbolo -, há quem também lhe atribua especificidades dos outros sentidos do ser humano, tais como a audição e o olfato – os chamados logotipos sonoros / olfativos ou identidade sonora / olfativa.
Ainda que os primeiros logotipos surgiram com as primeiras impressões realizadas pelas tipografias, o grande boom do logo coincide com a industrialização e consequente evolução do mercado concorrencial, da publicidade e da necessidade das empresas (produtos e/ou serviços) se distinguirem no mercado. Assim, e de forma natural, as empresas começaram a incluir elementos distintivos nos seus produtos – símbolos, signos ou emblemas – para que os consumidores pudessem reconhecer e identificá-los. Paralelamente, os empresários começam a adicionar o nome da empresa, dos produtos ou do serviço nos símbolos, originando assim elementos compostos de identificação denominados de logos combinados. De notar que determinadas empresas têm uma identidade visual tão distinta e forte que não necessitam sequer de incluir o nome da empresa (é o caso da Apple – figura frequentemente a maçã sem estar presente o nome APPLE).
Logotipo ou logomarca?
Tanto o logotipo como o símbolo transformam a marca visualmente tangível.
Chegados aqui surge um conceito que tem gerado muita polémica e confusão – logomarca. Há quem defenda que logotipo e logomarca definem o mesmo, e há quem diga que são coisas totalmente distintas, existindo ainda quem defenda que o termo logomarca não deveria sequer existir. Para uns o logotipo refere-se apenas à forma escrita, enquanto a logomarca é a junção do logotipo (nome composto por letras específicas) ao símbolo da marca ou da empresa, ou apenas os símbolos (figurativos ou não-figurativos). Ainda há quem diga que a junção do lettering ao símbolo definem a palavra logo.
Certo é que hoje em dia tem-se abusivamente ampliado a abrangência do termo logotipo, incluindo-lhe quase que instintivamente o símbolo. Ou seja, caiu no uso comum definir o logotipo como sendo a parte escrita (nome e respetivo tipo de letra) e parte figurativa (os símbolos).
Algumas características de um bom logotipo ou logo:
- Representar a marca ou a marca apropriadamente;
- Ser único e não ser passível de confusão com outros logotipos;
- Ser funcional e poder ser aplicado em diversos suportes (aplicação em produtos, papel timbrado, cartões de visita, telas, decoração de viaturas, website, entre outros);
- Permanecer legível tanto produzido em grande como em pequeno plano;
- Pode ser utilizado a cores e numa só cor (monocromático);
- Ser consistente e claro;
- Estilização dos elementos gráficos.
Tendências e evolução dos logos
No início do seculo XIX (2000 a 2009), assistiu-se a uma estilização e simplificação, quase que até extrema, dos logotipos. Deixou-se para trás certas formas geográficas prevalecendo as formas arredondadas e os letterings simples no intuito de os humanizar (substituíram-se as fontes serifas por tipos de letras sem serifas). Surge o recurso a cores mais vivas e quentes (laranjas, amarelos e vermelhos) e à implementação de um certo dinamismo dos grafismos. Implementaram-se algumas especificidades da “web 2.0” através do jogo de sombras, transparências e reflexos.
A partir de 2010, assistiu-se a uma tendência ainda mais simplista, sendo retirados os sombreamentos, os relevos (alto e baixo) e os reflexos em prol de um design baseado no minimalismo conhecido por flat design.