Cultura de massa

Cultura de Massa… Reconhecemos a cultura como a rede social criada através dos costumes, das tradições e expressões que desenvolve uma particular comunidade, é um sistema de significados, atitudes e valores compartidos, assim como umas formas simbólicas através das quais se expressa e se vive em sociedade.

O termo massa é utilizado par definir a multidões padronizadas e homogéneas, não possui um grupo específico mas tem o significado na sociedade como um todo global.

Cultura de massa é toda aquela ideia, perspectiva, atitude, imagem ou outros fenómenos que são preferidos em um consenso comum, contendo o mainstream de uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.

Manifestações culturais que, pela sua natureza ou forma de produção, podem ser assimiladas por uma grande quantidade de pessoas. A cultura de massa, opõe-se directamente à cultura de elite (que normalmente é destinado a classes privilegiadas).

A cultura de massa normalmente é vista como algo trivial, mais simples para alcançar a aceitação consensual da maioria e sustenta-se sobre três pilares chaves: a sociedade de consumo, a cultura comercial e a massificação das comunicações e da publicidade.

Os termos cultura de massa e os termos: “cultura popular”, “cultura pop” e “indústria cultural”, socialmente e historicamente representam e definem o mesmo ideal. A cultura de massa é tudo aquilo que é produzido com objectivo de atingir a massa popular, e que é disseminado pelos veículos de comunicação de massa.

O termo surgiu no século XIX, referindo-se originalmente à educação e cultura das classes mais baixas. O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, surge no final da Segunda Guerra Mundial depois das grandes mudanças e revoluções sociais e tecnológicas, especialmente nos Estados Unidos.

A cultura de massa foi uma consequência da crescente inovação tecnológica e dos meios de comunicação, é o produto de uma articulação de nível internacional e está directamente ligada ao poder económico do capital industrial e financeiro.

“A popularidade da cultura do consumo (…) o domínio do valor económico na sociedade, a disseminação do poder de compra entre sectores cada vez mais ‘baixos’ da população, a desregulamentação de todas as restrições tradicionais ao consumo e finalmente, a dimensão crucial da democracia e da igualdade enquanto valores modernos – tudo isso aumento o poder de gostos e desejos não aprovados. Os que são considerados integrantes da cultura de massa são os mesmos que constituem o público-objectivo.” (Slater,  2001)

As inovações tecnológicas e o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa tem origem na ascensão do protestantismo, da democracia e principalmente do Capitalismo, estas transformações também alteraram o mundo da cultura e fizeram com que o vinculo entre arte, cultura e comunicação fosse cada vez mais estreito.

A cultura era consumida pela massa, sob a forma de publicidade, cinema, jornais, rádio, e fórmulas de faz-de-conta, que “oferece satisfação do mais baixo nível, e persuade a escolha dos prazeres mais imediatos, conseguidos com o mínimo de esforço.” (Leavis e Thompson, 1933, pg.3)

A cultura de massa é definida como um produto que visa implementar nos consumidores uma certa maneira de pensar e agir, especialmente através da televisão que a diário transmite uma série de ideias e costumes que, em seguida, a sociedade adopta como sendo sua.

Não foi algo que tenha sido aceite ou adoptado espontaneamente pelas massas, é um produto especialmente concebido e determinado para ser consumido por tantas pessoas quanto possível.

Por muito decepcionante que possa parecer, é realmente difícil evitar qualquer influência da cultura de massa, mesmo para aqueles que acreditam que têm as suas próprias ideias e convicções.

Cultura de massa está intimamente relacionada com a globalização.

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References:

LEAVIS, F.R., and THOMPSON, Denys. Culture and Environment. The Training of Critical Awareness – Chatto & Windus – London, 1933

SLATER, Don. Cultura do consumo & modernidade, Livraria Nobel – EXAME – São Paulo, 2001

Cultural Theory and Popular Culture: A Reader / 3ªEd. – John Story, Pearson Education Limited, 2006

Theodor W. Adorno: teoría crítica y cultura de masas  – Blanca Muñoz, Editorial Fundamentos Colección Ciencia, 2000

Lo sublime y lo vulgar: la cultura de masas o la pervivencia de un mito – Jordi Busquet, Editorial UOC – Barcelona,2008

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