Apresentação da teoria dos meios-fins (path goal)
A teoria dos meios-fins é um modelo de liderança criado por House, que defende que “a função motivacional do líder consiste em aumentar as recompensas pessoais dos subordinados em função do alcance dos objectivos de trabalho, e tornar mais fácil percorrer o caminho (path) para aceder a essas recompensas através da sua clarificação, da redução dos obstáculos e imprevistos e do aumento das oportunidades de satisfação pessoal en route”. É de referir também que o comportamento do líder vai influenciar a satisfação e a motivação dos subordinados, mas não directamente.
A decisão de um líder para investir esforço num trabalho depende de três variáveis que são a expectância (a probabilidade percebida de que o esforço conduz ao desempenho), a instrumentalidade (a probabilidade percebida de que o desempenho conduz à recompensa) e a valência (associada às recompensas). Assim, o comportamento do líder pode modificar as probabilidades percebidas, a expectativa e a instrumentalidade, podendo ainda estar na origem das boas recompensas.
As relações esforço/desempenho e desempenho/recompensa são influenciadas por aspectos situacionais, de maneira que os líderes têm que corrigir ou superar as incorrecções da situação, de forma a aumentar as expectativas e instrumentalidades dos seus subordinados.
Neste modelo há quatro estilos comportamentais:
- Liderança apoiante: é comparável à direcção consideração na abordagem de Ohio.
- Liderança directiva: o líder transmite linhas de orientação específicas, insiste no seguimento de regras e procedimentos.
- Liderança participativa: tem em conta as sugestões dadas pelos subordinados.
- Liderança orientada para a realização: procura-se realçar o alcance dos objectivos, definir objectivos de desempenho ambiciosos, sugerir formas de melhoria no desempenho e monitorização desse mesmo desempenho.