SMED

Conceito de SMED – O termo SMED (sigla da expressão inglesa Single Minute Exchange of Die e que em português pode ser traduzido por (…)

Conceito de SMED

O termo SMED (sigla da expressão inglesa Single Minute Exchange of Die e que em português pode ser traduzido por “troca rápida de ferramentas”) designa uma ferramenta de gestão com objectivos de melhoria contínua e pertence ao grupo dos chamados métodos de produção enxuta. O objectivo desta ferramenta é o de contribuir para a redução do tempo de preparação (o chamado tempo de setup) do sistema produtivo para a execução de um dado lote de produtos e assim contribuir para o aumento da produtividade e da capacidade de resposta. O tempo de preparação dos equipamentos é uma operação muitas vezes complexa e demorada e sem qualquer valor acrescentado para o produto pelo que a sua redução tem um efeito directo no tempo disponível para produção e na redução do tempo total do ciclo de produção.

Em termos históricos, a metodologia SMED surgiu na década de 60 do séc. XX e foi desenvolvido pelo japonês Shigeo Shingo quando este procurava resolver problemas de falta de produtividade de um conjunto de prensas na fábrica da Mazda em Hiroshima no Japão. Na sua análise do problema, Shingo verificou que o motivo dessa falta de produtividade eram os tempos de preparação das máquinas, nomeadamente a mudança de ferramentas nas prensas sempre que era necessário iniciar um novo lote. Procurou então identificar e medir os tempos de todas as operações efectuadas e de seguida separou essas operações em duas categorias distintas:

– as operações internas como a montagem e desmontagem das ferramentas que obrigam a que as máquinas estejam paradas e;

– as operações externas como o transporte de ferramentas para junto das máquinas e que podem (e devem) ser executadas enquanto a máquina está em produção.

O primeiro passo definido por Shingo (e que constitui o primeiro passo do SMED) foi então a definição dos procedimentos detalhados para as operações externas de modo a garantir que tudo o que fosse necessário para executar uma mudança de ferramenta esteja devidamente preparado e disponível junto à máquina no momento exacto da conclusão do lote anterior. O passo seguinte definido por Shingo foi a tentativa de conversão das operações internas em operações externas e a sistematização e optimização dos procedimentos das operações que necessariamente têm que ser executadas com a máquina parada. Segue-se a identificação das possíveis alterações técnicas que permitam reduzir ou mesmo eliminar o maior número possível de operações internas. Estas alterações podem ser muito simples e baratas ou, pelo contrário, obrigar ao despêndio de elevandos montantes em soluções mais sofisticadas.

Sequência do procedimento base para a mudança de ferramentas:

De acordo com a metodologia SMED, a sequência do procedimento para a mudança de ferramentas aquando da mudança de lote é a seguinte:

  1. Preparação, ajustamentos e verificação de ferramentas, matérias-primas, etc., isto é, garantir que tudo o que é necessário para a produção está nos seus devidos lugares e em boas condições de funcionamento.
  2. Montagem e desmontagem de ferramentas, ou seja, proceder à desmontagem da ferramenta anterior e à montagem da nova, necessária ao processo seguinte, no equipamento de produção.
  3. Medidas, ajustamentos e calibrações, isto é, realizar medidas e calibrações para que a produção possa começar (centragem, medições de temperaturas, pressões, caudais…).
  4. Provas de produção e ajustamentos, realizando peças teste e analisando a conformidade; em função dos resultados proceder aos ajustamentos necessários.

Quanto maior o esforço desenvolvido nas três primeiras etapas base mais rápido serão os ajustamentos realizados na quarta e última etapa.

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