Finanças internacionais

As finanças internacionais examinam o fluxo de capitais que se estabelece entre países.

Conceito de finanças internacionais

As finanças são um ramo da economia em causa com a administração do dinheiro. Assim, as finanças internacionais examinam o fluxo de capitais que se estabelece entre países.

Este campo de finanças pode ser dividido em dois ramos de estudo: a economia internacional (tendo em conta a taxa de câmbio, a taxa de juros e outros aspectos financeiros) e finanças empresariais (o estudo de mercados e produtos financeiros). Perante o fenómeno da globalização, o que implica a livre circulação de capitais e o levantamento de vários tipos de restrições (físicos, costumes, afluentes), finanças internacionais, adquiriu uma importância particular.

O sistema monetário internacional

O que é o sistema monetário internacional? Pode ser visto como o «coração» das finanças internacionais e consubstancia-se nas relações comerciais, financeiras, entre diferentes países.

No mundo moderno não existe uma moeda que sirva de referência única para as trocas internacionais. O que há, é uma concorrência entre as moedas de vários países, disputando espaço. Não havendo uma autoridade monetária internacional que monopolize a emissão de moeda ou que garanta seu valor, a condição para que uma moeda de um país seja mais ou menos aceita nas transações é a confiança de que o valor daquela moeda perdurará bom um período razoável.

Uma das formas de transmitir confiança é garantir a conversibilidade da moeda em outro ativo – geralmente o ouro, podendo, também, ser outras moedas. Neste caso, o país tem de conquistar credibilidade, e uma das formas para esta conquista é a sujeição de sua política monetária interna ás necessidades da conversibilidade. Vários países, com grande presença no comércio mundial, procedem dessa forma, na tentativa, como se disse, de consolidar suas moedas como instrumento das trocas internacionais, destacando-se, á frente das demais, o dólar dos Estados Unidos, devido, sem dúvida, ao peso da economia americana.

O Padrão-Ouro

Desde a época do mercantilismo, aos pagamentos internacionais já eram feitos com metais preciosos, mas o mesmo se consolidou, a rigor, após 1870, muito embora seja mais fácil determinar o período em que este se exauriu – em 1914, com o início da 1ª guerra mundial – do que com a data efetiva de sua criação.

A adesão de um país ao padrão-ouro exigiu o cumprimento, de sua parte, das seguintes medidas:

  • garantia de conversão de sua moeda em ouro;
  • liberdade de entrada e saída do ouro do país; e,
  • adoção de regras relacionando a quantidade de moeda em circulação ao estoque de ouro existente no país.

Este sistema foi usado de forma generalizada na chamada “era dourada”, de 1870 a 1914. Já na década de 20 e início de 30, seu uso foi esporádico, entrando em verdadeiro colapso durante a Grande Depressão.

O Período entre as duas Grandes Guerras

Se o período de 1870-1914 foi visto como a idade dourada das relações económicas internacionais, o período entre as duas grandes guerras pode ser chamado como o da “idade-negra”. O início da 1ª Guerra Mundial fez com que os países envolvidos na guerra suspendessem a convertibilidade de suas moedas em ouro e proibissem as exportações de ouro, afim de proteger suas reservas deste metal.

O Sistema Bretton Woods

Depois da 2ª Grande Guerra, o tratado de Bretton Woods (1994) criou um sistema de câmbio fixo para os países-membros do Fundo Monetário Internacional (FMI). Pelo novo acordo, cada nação deveria definir o valor da respectiva moeda em relação ao dólar que por sua vez era conversível em ouro. O Tratado de Bretton Woods caiu em 1971, quando o Presidente Nixon suspendeu a conversibilidade do dólar em ouro. Simultaneamente a esta medida , os Estados Unidos alteraram unilateralmente a paridade – isto é a taxa de câmbio – do dólar em relação às demais moedas europeias e japonesa.

O Sistema de Bretton Woods, funcionou razoavelmente bem até o final de 1960. Com o aparecimento de diversos problemas, entre eles o surgimento do processo inflacionário na segunda metade dos anos 60, com intensidade diferentes de país para país, tornando insustentável a manutenção de taxas cambiais fixas.

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