Conceito de Hiperinflação
O termo hiperinflação designa uma inflação com taxas extremamente elevadas (1000% ou mais). Alguns autores definem-na como uma taxa inflação superior a 50% ao mês; outros como 400% ou 500% ano. De qualquer forma, em todos os casos, corresponde a um crescimento dos preços completamente anormal e descontrolado.
Alguns dos melhores exemplos são os casos da Alemanha do pós-guerra (anos 20), o Brasil (anos 80), a Rússia (anos 90). Já neste século, destaca-se o caso do Zimbabwe, onde os preços chegar a duplicar em pouco mais de um dia. Numa situação de hiperinflação, o dinheiro perde todo o seu significado e a procura de moeda reduz-se drasticamente devido à sua contínua perda de valor. Por outro lado, observam-se distorções gigantescas nos preços relativos dos bens e nos salários reais, provocando graves perdas de eficiência na economia, com enormes prejuízos para consumidores e empresas.
Principais Causas e Consequências
A causa direta da hiperinflação é a emissão de moeda de forma desordenada pelo Estado para fazer face às suas despesas. Numa situação destas, a quantidade de moeda em circulação aumenta fortemente Tal leva a que a quantidade de bens que cada unidade monetária pode adquirir caia drasticamente. A necessidade de emissão de grandes quantidades de moeda surge geralmente após longos períodos de guerra, em alturas de grande défices orçamentais ou com o acumular de défices e de dívida externa que levam a acentuadas desvalorizações cambiais.
Como consequências diretas da hiperinflação pode destacar-se a perda acentuada do poder de compra das famílias e a criação de um ambiente de grande incerteza. Este ambiente incerteza leva, por sua vez, à quebra de confiança quer das famílias, quer das empresas. Assim, a consequência óbvia é a quebra do consumo e do investimento produtivo. Muitas vezes, os agentes económicos deixam de utilizar a moeda do seu próprio país, recorrendo a moedas ‘fortes’ como é o caso do Dólar Norte-americano ou do Euro.