Economia do crescimento e do desenvolvimento

A economia do crescimento e do desenvolvimento é um ramo da ciência económica que se dedica a estudar os aspetos relacionados com o crescimento e desenvolvimento económico no mundo.

A economia do crescimento e do desenvolvimento é um ramo da ciência económica que se dedica a estudar os aspetos relacionados com o crescimento e desenvolvimento económico no mundo, estabelecendo modelos para avaliar o crescimento e o desenvolvimento económicos e as suas interdependências.

A Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento Económico discute também as estratégias de longo prazo, isto é, quais medidas devem ser adotadas para um crescimento econômico equilibrado e autossustentado. Nessa Teoria, a oferta ou produção agregada joga um papel importante na trajetória de crescimento de longo prazo, o que não se observara na análise de curto prazo, pois ela se supunha fixa.

Supõe-se, também, na Teoria do Crescimento, que os recursos estão plenamente empregados. A preocupação, nesse ponto, é analisar o comportamento do produto potencial, ou de pleno emprego, da economia.

Crescimento e desenvolvimento económico são dois conceitos diferentes. Crescimento económico e o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo. O desenvolvimento económico é um conceito mais qualitativo, incluindo as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia).

Um caminho para se analisar as diferenças de desenvolvimento entre os países é partir dos elementos que constituem a chamada “função de produção agregada” do país. O crescimento da produção e da renda decorre de variações na quantidade e na qualidade de dois insumos básicos: capital e mão-de-obra. Nesse sentido, as fontes de crescimento são as seguintes:

a) aumento na força de trabalho (quantidade de mão-de-obra), derivado do crescimento demográfico e da imigração;

b) aumento do estoque de capital, ou da capacidade produtiva;

c) melhoria na qualidade da mão-de-obra, através de programas de educação, treinamento e especialização;

d) melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do estoque de capital;

e) eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma como os insumos interagem.

No estudo das fontes do crescimento, muita ênfase é dada ao capital fisico. Mas o capital humano é muito importante. O capital humano é o valor do ganho de renda potencial incorporado nos indivíduos. O capital humano inclui a habilidade inerente à pessoa e o talento, assim como a educação e as habilidades adquiridas.

O capital humano é adquirido por meio da educação formal e do treinamento informal, e através da experiência. O problema para os países em desenvolvimento é que é extremamente dificil acumular fatores de produção, capital humano ou físico, com baixos níveis de renda. O mínimo que sobra, após a provisão da subsistência, não permite investir muito em educação ou em capital físico. Decidir se a criança deve começar a trabalhar ou ir para a escola é crítico para as famílias com níveis de renda muito baixos. Da mesma forma, é difícil para o governo decidir como usar os recursos muito limitados que ele tem sob seu comando. E mesmo que os recursos financeiros estejam disponíveis, ainda leva anos para que se eleve o nível de educação e de treinamento.

Portanto, o crescimento está limitado ao tempo que os fatores de produção levam para se acumular; a educação é fator de crescimento mais lento, mas também é um dos mais poderosos. O capital físico tem sido sempre o centro das explicações para o progresso econômico, simplesmente por causa da presença notável de maquinário e de equipamentos sofisticados e abundantes em países ricos e de sua escassez em países pobres.

Para investir, um país pode tanto utilizar sua poupança interna como ainda ter acesso à poupança estrangeira através de empréstimos ou ajuda financeira. Se a poupança doméstica é o pré-requisito para a acumulação de capital, então a atenção deve ficar voltada para as políticas que incentivem as pessoas a se absterem de parte do consumo presente. Um mercado financeiro e de capitais razoavelmente desenvolvido é um fator importante na mobilização de recursos para a formação de capital e na canalização desses recursos das famílias, via intermediários financeiros, para o investimento das empresas.

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