Economia Clássica

O que é a Economia Clássica

Economia Clássica é a designação dada à primeira escola moderna do pensamento económico e que teve como marco inicial a obra «A Riqueza das Nações», da autoria do escocês Adam Smith  (1723-1790) e publicada pela primeira vez em março de 1776. A partir da obra de Adam Smith muito outros economistas deram continuidade e aperfeiçoaram as suas ideias centrais, destacando-se os casos de Jean-Baptiste Say (1767-1832), de Thomas Malthus (1766-1834) e de David Ricardo (1772-1823).

A ideia central da Economia Clássica é a de que os mercados ajustam-se às alterações macroeconómicas e tendem para o equilíbrio a longo prazo. O mecanismo regulador dos mercados é o preço, o qual faz com que a oferta de qualquer bem de consumo ou de qualquer fator produtivo seja igual à procura. Assim sendo, o papel económico do Estado (além de garantir a lei e a ordem) deve limitar-se à intervenção na economia apenas quando o mercado não existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias, isto é, quando não há livre concorrência.

Representantes Principais da Economia Clássica

Esta ideia está bem patente no ‘Princípio da Mão Invisível‘ de Adam Smith que sustenta que num mercado livre em que cada agente económico actua de forma racional e ‘egoísta’, com vista apenas à prossecução dos seus próprios objectivos, é atingida uma situação eficiente que beneficia todos. Adam Smith defendia também a importância do trabalho, afirmando que não é a prata ou o ouro que determinam a prosperidade de uma nação, mas, sim, o trabalho humano. Consequentemente, qualquer mudança que melhore as forças produtivas estará potencializando o enriquecimento de uma nação. Uma das formas de melhorar as forças produtivas era a mecanização; a outra era a divisão social do trabalho, amplamente estudada por ele.

Thomas Malthus teve também um papel extremamente importante no desenvolvimento do pensamento económico classico.  Na sua obra «An Essay on the Population of Population» Malthus lembrava que os recursos naturais eram limitados e o crescimento da população exercia sempre uma pressão intensa sobre eles, sendo esta a base da sua teoria para o controlo do aumento populacional, conhecida como malthusianismo.

Alguns anos mais tarde, David Ricardo sistematizou as ideias de Smith e as as perspetivas de Malthus na sua obra «Principles of Political Economy and Taxation», publicada pela primeira vez em 1817. Ao definir relações rigorosas e claras entre variáveis económicas, permitindo a elaboração de uma dedução sistemática, através de observações, modelos matemáticos e previsões, Ricardo acaba por ser o grande fundador da ‘Ciência Económica’. Outro contributo importante de Ricardo foi a sua teoria das vantagens comparativas com a qual demonstrava as vantagens do comércio internacional.

De entre muitos outros importantes economistas clássicos, houve ainda mais dois que lhe conferiram avanços assinaláveis: um deles foi John Stuart Mill (1806-1873) que em 1848 publicou a obra «Principles of Political Economy» que era a obra mais utilizada para ensinar ciência económica na segunda metade do século XIX; o outro foi Karl Marx (1818-1883) que na sua obra «Das Kapital», publicada em três volumes em 1867, 1885 e 1894, desenvolve fortemente a estrutura do modelo ricardiano.

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