Quem foi Rodin… Auguste Rodin
Rodin, é um dos nomes mais importantes da História da Arte e o mais importante escultor da história, reconhecido principalmente pelas suas esculturas em bronze e mármore construídas no século XVIII.
Auguste Rodin, foi um escultor francês nascido em Paris, criador de algumas das obras mais famosas da escultura universal. Foi um artista inigualável, um escultor firme, desenvolveu uma obra artística que marca uma ruptura na história da escultura, abrindo caminho à arte do século XX, através da introdução de processos técnicos e opções plásticas que se encontram no centro da sua estética.
Esculturalmente, Rodin possuía uma capacidade única em modelar uma superfície complexa, e turbulenta. O seu trabalho mais original partiu de temas tradicionais da mitologia e da alegoria, modelando o corpo humano com realismo e celebrando o carácter individual e a fisicalidade humana.
Rodin era sensível á controvérsias em torno ao seu trabalho, mas sempre se recusou a mudar o seu estilo.
Retratista emérito, dominou o bronze e o mármore, foi acusado de formalismo pelo rigor anatómico das suas peças, pois era tal a perfeição das suas figuras que houve quem o acusasse de usar modelos vivos como molde, mas com o tempo, ganhou o devido reconhecimento e tornou-se admirado pela elite europeia, considerado, uma das grandes glórias, da arte Francesas.
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Rodin(1840-1917)
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Auguste Rodin nasceu em Paris, França, no dia 12 de Novembro de 1840. Foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem em seu trabalho, com 13 anos começa a estudar na escola de desenho, onde prendeu a desenhar e modelar sob a orientação de Lecoq de Boisbaudran e Louis Pierre Gustav Fort.
O seu primeiro trabalho foi como ornamentista para empresários de decoração em Paris, uma cidade que na altura sofria a restruturação de Haussmann, no período do imperador Napoleão III. Tentou três vezes entrar na Escola de Belas Artes, mas nunca conseguiu que o aprovassem.
Em 1862, começa a trabalhar com Carrier-Belleuse, que desenvolvia trabalhos de escultor e pintora e autor de vários trabalhos em terracota e alguns monumentos.
Em 1864, tem a sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” rejeitada pelo Salão de Paris. Os especialistas em arte do salão justificaram a rejeição afirmando que se tratava de uma obra inacabada.
Em 1871, a viaja a Bruxelas em trabalho, acompanhando Carrier, para decorar a Bolsa do Comércio.
Em 1875, viaja a Itália, onde tem a hipótese de apreciar de perto, as obras de Michelangelo, onde se inspirou para criar “A Idade do Bronze”, “O Homem que Anda” e “São João Baptista”. Quando voltou para a França, começou desde logo a preparar os seus trabalhos para a exposição Universal de 1878.
Rodin era sensível há controvérsias à volta do seu estilo e obra, mas sempre se recusou a mudar. A sua primeira grande obra, “A Idade de Bronze” de 1878, um nu masculino tão realista, que chegaram a acusar-lho de ter fundido a obra a partir de um modelo vivo.
Mas em 1880, com uma obra muito mais consagrada, Rodin recebe uma encomenda do governo, para fazer uma porta de bronze para o Museu de Artes Decorativas de Paris. O gigantesco trabalho que infelizmente nunca foi concluído, ficou conhecido como “Porta do Inferno”, cujo tema foi inspirado na obra Divina Comédia, de Dante.
Na década de 80 foi o período de madures do artista, onde Rodin esculpiu diversas obras, entre elas, “O Pensador” (1880), “O Beijo” (1886), “Os Cidadãos de Calais” (1886), “O Filho Pródigo” (1889).
Em 1884, recebeu a encomenda e elabora o “Monumento aos Burgueses de Calais”, para a exposição Monet-Rodin de 1889. Produziu também o “Monumento a Victor Hugo”, para o Panteão e o “Monumento a Balzac”, para a Sociedade dos Homens de Letras.
A originalidade e a recusa ao convencionalismo e padrões da época, lhe produziram diversas consequências ao longo da sua vida artística. Uma dessas consequências foi a contínua proibição de expor, alguns dos seus trabalhos feitos por encomenda. Por exemplo, é famoso o caso, da recusa em colocar e expor a escultura de Balzac, encomendada pela Société des Gens de Lettres, que levou cinco anos para ser realizada (1892 a 1897) e que a princípio não pode ser colocada nas ruas de Paris.
Em 1900, expõe cento e cinquenta das suas obras no Pavilhão das Almas, durante a Exposição Universal e alcança o sucesso e prestígio internacional.
Em 1916, oferece ao Estado todos os seus bens, em troca da instalação do Museu Rodin no Hotel Biron e no seu Parque.
Amante da fotografia, Rodin deixou um arquivo com mais de 7000 imagens, que permitem seguir, passo a passo, a elaboração de algumas das suas esculturas e das suas inaugurações, como a do “Monumento aos Burgueses de Calais” e o “Pensador” diante do Panteão em 1906.
Morreu em Meudon, França, a 17 de Novembro de 1917.
References:
BENEDEK, Nelly Silagy; RODIN, Auguste. Auguste Rodin: The Burghers of Calais : A Resource for Teachers. Metropolitan Museum of Art, 2000
CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. Martins Fontes. São Paulo, 2001
HALLIWELL, Sarah. Impressionism and Postimpressionism: Artists, Writers, and Composers – Volume 6 de Who and when? – Raintree Steck-Vaughn, 1998
MAGAZ, María del Cármen. Escultura y Poder. “Serie Arte”. Acervo Editora Argentina, 2007
MARTINEZ, Alcocer Letícia. Impressionismo – Paris e Modernidade (coleção Obras Primas Musée d’ Orsay). Fundação Mapfre, 2012
RILKE, Rainer Maria. Auguste Rodin. Litres, 2017
RODIN, Auguste. Rodin on Art and Artists. Dover Fine Art, History of Art. Courier Corporation, 2012
RODIN, Auguste; KIRILI, Alain. Auguste Rodin: dibujos eróticos : Colección Musée Rodin, París. IVAM Institut Valencià d’Art Modern, 2005