Pop Art é a abreviatura em Inglês de Popular Art, um movimento artístico que surgiu quase em simultâneo em Inglaterra e nos Estados Unidos da América em meados da década de 50, com o objectivo de “abraçar” e desconstruir imagens pertencentes às culturas de massa, a chamada “cultura pop”, feita para as grandes multidões.
O movimento artístico foi baptizado com este nome em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, referindo-se a todo o tipo de produção massificada que era criada e consumida no Ocidente, inspirada em imagens e personalidade da cultura popular.
Os artistas da Pop Art procuravam ironizar a vida quotidiana, materialista e consumista da sociedade moderna.
A Pop Art foi uma forma de expressão que utilizou e reutilizou os sistemas de comunicação, a cultura de massas e a publicidade, reflectiu a sociedade daquele momento, não só na arte, como também na musica, na moda, etc.
O fenómeno Pop Art, está compreendido como “fazer do impessoal um estilo” através do uso de imagens comerciais e outras mensagens dos média. A Pop Art não descrever um estilo, é muito mais um termo colectivo para fenómenos artísticos que servia como expressão de uma sociedade materialista e frívola. Os artistas do movimento Pop Art, queriam realizar através da sua arte, uma critica irónica a essa sociedade de consumo e capitalista.
Nas obras artísticas da Pop Art, não tinham uma técnica simples, exigia muita dedicação e trabalho, habitualmente eram realizadas em grandes formatos, usavam elementos criados a partir das novas tecnologias e novas técnicas artísticas, substituem os tradicionais pincéis, tintas e quadros. Usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objectos do quotidiano em tamanho consideravelmente grande
No Reino Unido o Independent Group formado entre outros pelos artistas Laurence Alloway, Smithson, Richard Hamilton, Eduardo Paolozzi e Reyner Banham e fundado em 1952, utilizava os novos meios de produção gráfica com o objectivo de produzir arte que atingisse as grandes massas.
“Just what is it that makes today’s homes so different, so appealing?”
O Independent Group acabou por se dissolver mas antes em 1956, organizou a exposição “This Is Tomorrow” onde o artista Richard Hamilton apresentou a sua colagem “Just what is it that makes today’s homes so different, so appealing?”, considerada pelos críticos e historiadores uma das primeiras obras de Pop art. Richard Hamilton foi um dos principais precursores do Pop Art inglês e do Pop Art Universal e pertence à primeira fase do movimento.
Nos Estados Unidos, Andy Warhol foi uma das figuras principais do movimento. Uma das suas obras mais famosa foi a série usando as latas da sopa Campbell’s como tema. E depois começou a experimentar com garrafas de Coca-Cola e as notas de Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias séries, tornando a sua arte o mais industrial possível, usando métodos de produção em massa como a serigrafia. Além das serigrafias Andy também utilizava técnicas como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte, reinventando o conceito de Pop Art.
Andy Warhol criou obras inspirando-se nos ícones do cinema e da musica, como Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Brigitte Bardot, Marlon Brando e, sua favorita, Marilyn Monroe, tentando demonstrar como na realidade, essas personalidades públicas eram figuras impessoais e vazias, utilizando a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo.
Marilyn de Andy Warhol
Warhol, é considerado o “pai” da Pop Art, expressando-se através da pintura, do cineasta, da musica, era um entusiasta das artes e da cultura, mas acima de tudo foi um visionário, um artista, foi e será sempre, a cara, o artista mais reconhecido do movimento Pop Art.
Em 1967, numa entrevista Andy Warhol afirmou que a “Pop Art é para todos. Eu penso que a arte não deve ser apenas para a sociedade selecta, eu acredito que deveria ser para todo o povo americano e eles geralmente aceitam a arte de qualquer maneira.”
Pop Art é considerado como a passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.
References:
Historia del arte – Hugh Honour,John Fleming, Editorial RevertÉ, S.A. Barcelona, 1987
Pop Art – Tilman Osterwold, TASCHEN, 2003
Historia del arte universal de los siglos XIX y XX, Volume 2 – Ana María Preckler, Editorial Complutense, 2003
The De-Definition of Art – Harold Rosenberg, The University of Chicago Press Edition, 1983
