O Museu do Louvre, dispensa apresentações: é o maior museu do mundo e conta com uma das colecções de arte mais impressionantes da história. O magnífico palácio de estilo barroco, Le Musée du Louvre, em francês, está localizado próximo das margens do rio Sena e é um dos grandes marcos turísticos da cidade de Paris. É visitado por milhares de turistas diariamente e é considerado por muitos uma “parada obrigatória” de quem visita a cidade de Paris ou mesmo, de quem passa simplesmente por França.
Com cerca de 200 000 m2, seccionados em sete departamentos, dedicados a antiguidades egípcias, orientais, gregas e romanas, escultura, pintura e desenho, o Louvre tem a mais impressionante colecção de arte permanente do Mundo. O museu está dividido em três andares e doze salas: antiguidades orientais, egípcias, gregas, etruscas e romanas, esculturas, pinturas, artes gráficas e objectos de arte, abarcando aproximadamente 38.000 peças de arte.
No museu estão expostos as mais importantes e conhecidas obras do mundo, como por exemplo, o quadro da Mona Lisa, a Vénus de Milo, colecções do Egipto antigo, da civilização greco-romana e obras-primas de artistas como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael, Rubens, Vermeer e Goya, entre muitos outros.
O Museu do Louvre está instalado no Palácio do Louvre, originalmente uma fortaleza do século XII que foi ampliada e reformada em diversas ocasiões, para diversas funções antes que se tornasse num museu, alguns monarcas como Carlos V e Felipe II utilizaram o palácio como residência real onde acumulavam as suas próprias colecções de arte.
Quando a Família Real de Louis XIV, se muda para Versalhes, em 1692, o palácio torna-se no principal centro de actividades artísticas de Paris, com a instalação da Academia Francesa, Academia de Belas Artes e Academia Real de Pintura e Escultura.
Durante a Revolução Francesa, a Assembleia Nacional Constituinte decretou que o Louvre deveria ser usado como um museu para exibir as obras-primas da nação. A 10 de Agosto de 1793, o governo inaugura o Musée Central des Arts na Grande Galerie do Louvre. Inicialmente, com uma exposição de mais de 500 pinturas e artes decorativas, muitas dos quais haviam sido confiscadas da família real e da nobreza francesa.
Enquanto Napoleão Bonaparte se instalou no Palácio des Tuileries, o imperador fez do Louvre um grande museu com a ajuda de seu primeiro director Dominique Vivant Denon. A colecção no Louvre cresceu rapidamente, durante o reinado de Napoleão, devido às apreensões de arte e objectos arqueológicos nos território e nações conquistadas nas guerras napoleónicas e durante algum tempo, o museu chegou a tornar-se conhecido como Musée Napoléon. Mas depois da derrota de Napoleão em 1815, o museu volta ao seu nome original e grande parte das peças de arte saqueadas, foram devolvidas, mas as colecções antiquíssimas, como as egípcias e outros departamentos devem muito às conquistas de Napoleão.
Em 1882, é fundada, dentro do próprio Louvre, pelo ministro francês Jules Ferry, a Escola do Louvre, com a intenção de criar uma formação especializada e de qualidade para quem trabalhasse como arqueólogo ou conservador do museu.
Hoje em dia, a Escola do Louvre, oferece formações de Pós-graduação de dois anos, onde os alunos estudam museologia e a história da arte durante o primeiro ano e no segundo, escolhem, entre a especialidade de pesquisa em História da arte e Museologia ou seguir formações mais voltadas ao mundo profissional com as especialidades Mercado da Arte e do Património. Além de uma formação os alunos, também têm, um acesso privilegiado às colecções do Museu do Louvre, por causa da parceria entre a escola e o museu. Para quem visita o museu, é comum ver alunos da escola do Louvre desenhando esboços usando modelos únicos, como a Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
Entre os anos 1980 e 90, o Louvre foi submetido a um plano de renovação conhecido como “Grand Louvre”. Parte do planejamento incluía uma renovação da entrada principal. O arquitecto I.M. Pei desenhou uma sala principal subterrânea e uma moderna estrutura de pirâmide de vidro no pátio, rompendo a monotonia dos grandes blocos cinzas do museu e que actualmente serve como porta de acesso. A Pirâmide tem 21 metros de altura e foi feita usando exclusivamente, vidro e metal.
Inicialmente a construção da pirâmide foi polémica, pois muitos alegavam que ela não combinava em nada com a arquitectura clássica dos edifícios do museu. Mas hoje, a pirâmide localizada na entrada principal do Louvre é uma das marcas registadas do museu. Fruto da iniciativa do então presidente francês François Mitterrand em reformar a entrada do Louvre, que não comportava o sempre crescente número de visitantes.
Actualmente, o Museu do Louvre é tão grande que é humanamente impossível ver e visitar todas as alas e obras em apenas uma visita. Diz-se que, se uma pessoa estiver apenas 30 segundos observando cada uma das obras, seriam necessários 100 dias para conseguir ver todas as obras expostas no museu.
O Louvre, além do maior do mundo também é o mais popular, recebe em média uns 15 mil visitantes por dia, e 70% são turistas estrangeiros. Só em 2014, o Louvre recebeu mais de 9,3 milhões de visitantes.
References:
AULANIER, Christiane. Histoire du Palais et du Musée du Louvre: Le Musée Charles X et le Departement des antiquités égyptiennes. Éditions des Musées nationaux, 1947
FARCY, Elisabeth. The Louvre. Alfred A. Knopf, 1995
MCCLELLAN, Andrew. Inventing the Louvre: Art, Politics, and the Origins of the Modern Museum in Eighteenth-Century Paris. University of California Press, 1994
VARIOS, Treasures of the Louvre – Musée du Louvre. Artabras, 1994