Quem foi Charles Rennie Mackintosh
Charles Rennie Mackintosh, é a figura central quando nos referimos à ‘Escola de Glasgow’, nome pelo qual ficou conhecido o Modern Style desenvolvido na Escócia. Mackintosh fez um enorme contributo para o desenvolvimento do design numa interpretação nova e fascinante da estética Art Nouveau, criador de um estilo arquitectónico único e uma das figuras mais marcante da arquitectura do século XIX.
Considerado um homem demasiado avançado para a sua época, Mackintosh foi manifestamente o precursor do estilo modernista Europeu e subsequentemente do movimento de Arte Déco.
Pode-se dizer, que Mackintosh era um artista completo, produziu inúmeras peças de mobiliário, desenhou fachadas, placas e painéis decorativos, projectos de decoração de interiores, realizou projectos de arquitectura e assinou inúmeras aguarelas.
De entre as principais obras de Mackintosh, destacam-se as cadeiras Hill House, Argyle Street e Willow; o famoso edifício da Glasgow School of Art, as Glasgow Museum, Willow Tearooms; Hill House; Queen’s Cross Church e o Scotland Street School Museum.
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Charles Rennie Mackintosh(1887 – 1965)
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Charles Rennie Mackintosh, nasceu no dia 07 de Junho de 1868, na pacata cidade escocesa de Glasgow, a sua formação foi muito rica e diversificada, motivo pelo qual ele actuou profissionalmente tanto como arquitecto, designer ou artista plástico.
Ao longo do seu período de aprendizagem, Macintosh tentou inventar uma nova linguagem gráfica, única, brilhante e memorável. Mackintosh iniciou sua formação como aprendiz no escritório de arquitectos locais e completou os estudos na Glasgow School of Art (Escola de Arte de Glasgow).
Sua notoriedade é alcançada, em um primeiro momento, quando inserido no grupo de pintores chamado de os Glasgow Boys, composto por J. Guthrie, J. Lavery, E. A. Walton, expuseram suas obras em Londres, em 1890. Também nessa altura, Mackintosh ganhou uma bolsa de estudos que lhe permitiria conhecer Itália, França e Bélgica. E, ainda em 1890, é contratado como desenhista na firma de arquitectura Honeyman & Keppie; quatro anos mais tarde, torna-se sócio da mesma e ali trabalha até 1913.
No seio da Escola de Arte de Glasgow, junta-se a num grupo de 4 artistas com interesses muito diversificados mas complementares, mas que juntos marcaram um ponto de partida na produção artística do momento. Falar de Mackintosh e da sua obra, supõe lembrar os seus associados, James Herbert MacNair responsável por pinturas e desenho de mobiliário, e suas respectivas esposas, as irmãs Margaret e Frances Macdonald, que desenvolveram trabalhos em metal, desenho têxtil, relevos em gesso e desenho de painéis. Esta associação informal ficou conhecida como “The Glasgow Four” (Os quatro de Glasgow) e juntos desenvolvem o “estilo de Glasgow”.
Enquanto isso “Os Quatro” expõem em Londres na mostra de Arts and Crafts de 1896 e Mackintosh consegue em 1897 os primeiros encargos importantes como projectista independente.
Em 1898, o seu projecto foi escolhido para reconstrução da Escola de Arte de Glasgow, e ainda no mesmo ano faria a decoração dos Tea Rooms de Miss Cranston em Buchanan Street e em Argyle Street, sendo que neste último também desenhou o mobiliário.
Entre 1900 e 1901, expõe o seu mobiliário em importantes feiras europeias, expandindo o seu trabalho e fama por toda a Europa. Uma das suas peças mais importantes é a cadeira Mackintosh Hilhouse Chair. Na área do design, destacou-se pela originalidade com que desenhou e concebeu as suas peças de mobiliário, vidros, têxteis e outros elementos decorativos, muitas das vezes combinados entre si, em projecto de decoração de interiores.
Em 1903, foi contratado para construir a Hill House, em Helensburg, para o editor W.Blackie. Em 1904 desenhou o mobiliário de outra das Tea Room, desta vez em Willow Street.
Embora mais conhecido pelo seu trabalho como arquitecto e designer ,Mackintosh foi também um talentoso pintor, área à qual se dedicaria com mais ênfase nos últimos anos da sua vida, entre os mais importantes pinturas, estão as aguarelas: “Harvest Moon” (1894), “The Tree of PersonalEffort” (1896) e “LeFort Mailly” (1923).
Em 1916, trabalhou ainda, desenhando tecidos para a Foxtons & Seftons em Londres. A última década de sua vida foi de declínio progressivo, e morre a 10 de Dezembro de 1928, em Londres.
References:
BENEVOLO, Leonardo; História da arquitetura moderna. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 1996
SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença. História da arte. São Paulo: Ática, 2001
ZABALBEASCOAZ, Anatxu; RODRIGUEZ,Javier. Vidas Construidas – Biografías de Arquitectos. Gustavo Gili, 2015