Quem foi Camille Pissarro
Camille Pissarro foi um pintor francês do século XIX, um dos fundadores do Movimento Impressionista. Foi o único pintor impressionista que participou nas oito exposições colectivas dos artistas do Impressionismo, entre 1874 e 1886.
Segundo alguns críticos e estudiosos, Pizarro foi um dos mais importantes representantes artísticos do movimento Impressionista. A sua pesquisa no campo pictórico talvez tenha sido a mais intensa e profunda entre os seus restantes companheiros. E talvez, se ele não tivesse migrado durante um determinado tempo para o pontilhismo, quem sabe não fosse ele considerado o pai do movimento, juntamente com Monet. Alguns pesquisadores mesmo assim, consideram-no o primeiro impressionista.
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Camille Pissarro (1830-1903)
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Camille Pissarro, nasceu na Ilha de Saint-Thomas, em Charlotte Amalie. Com apenas 11 anos Camille Pissarro é enviado para Paris para seguir com os estudos num colégio interno. Mas, seis anos depois, decide não aproveitar a hipótese de prosseguir com os estudos, e volta para junto da família na ilha, para tomar conta do negócio familiar. Apesar da estabilidade e segurança de estar junto à família, a sua paixão pela pintura levam-no a sonhar com novos horizontes e outras oportunidades.
Em 1852, trava amizade com o pintor dinamarquês, Fritz Melbye e surge a oportunidade de concretizar um dos seus grandes sonhos, com um convite para acompanhar Melbye, que era enviado pelo governo das Antilhas Dinamarquesas, a uma expedição para estudar a fauna e a flora da Venezuela.
Após participar durante dois anos na expedição à Venezuela ao lado de Fritz Melbye, Pissarro ruma a Paris com a ajuda financeira do pai, em busca de novas metas artísticas. Instala-se em Paris em 1855 e dá inicio à sua carreira profissional como pintor.
Em 1857, na Académie Suisse, conhece ao jovem Monet, com o qual trava sólida amizade e uma verdadeira cumplicidade pictórica, apesar da diferença de idades entre os dois, já que Monet era 10 anos mais novo que Pissarro.
Muitos historiadores de arte dizem que Monet deve muito a Pissarro e Pissarro muito a Monet, já que os dois estudaram e se ajudam mutuamente na busca da representação pictórica verdadeira.
A Monet e Pissarro, com o tempo, juntou-se Sisley e Renoir, quarteto considerado pela história como a base do impressionismo. Apesar, de que muitos acreditam, que dentro da questão pictórica, talvez tenha sido Pissarro quem mais contribuiu ao movimento.
As obras de Pissarro caracterizam-se neste período, pelos contrastes de luz e sombra, pelas cores fortes e distintivas, pelos motivos alegres e pinceladas curtas, sem a preocupação com o contorno, mas buscando a divisão das cores através das marcas de cores isoladas, ressaltando uma espécie de essência da imagem, umas das principais característica das obras impressionistas.
Em 1861 casou com Julie Vellay, com quem teve oito filhos.
Durante a Guerra Franco-Prussiana de 1870, refugiou-se em Inglaterra onde se reencontra com Monet e vem a conhecer o marchand Paul Durand-Ruel, que lhe compra duas telas, aliviando assim, as dificuldades que Pissarro atravessa no momento.
Na década de 1880, da mesma forma como aconteceu com Monet e Renoir, Pissarro busca um novo estilo que o satisfaça pictoricamente, algo diferente que tranquilize o seu espírito inquieto de contínua procura, experiência e aprendizado. Acaba juntando-se a uma nova geração de artistas impressionistas, os “neo-impressionistas”, com Georges Seurat e Paul Signac, como lideres. Com a influência destes artistas neo-impressionistas, Pissarro, desenvolveu e trabalhou nas suas obras a conhecida a técnica do Pontilhismo, sendo os quadros “Les toits rouges, coin du village, effet d’hiver” e “Jeune fille à la baguette, paysanne assise” de 1881, dois extraordinários exemplos desta fase.
Mas para a satisfação dos seus patrocinadores e muitos admiradores, esta fase neo-impressionista durante relativamente pouco tempo e acaba retomando às origens e às características Impressionistas.
Em 1890 volta para França, buscando novos motivos de inspiração. Partir deste momento, começa a criar obras com uma execução mais suave, mas ao meso tempo, com uma precisão do desenho extraordinária. As pinceladas ficam mais largas e a paleta tende à gama dos ocres. A obra ‘Morning, Winter Sunshine’ de 1901, é um extraordinário exemplo desta última fase de Pissarro.
Nas suas últimas obras, Pissarro pintou principalmente Paris, registando nas suas telas as magnificas paisagens do Sena e algumas das suas pontes, em tons ocres a azuis suaves, de um encanto formidável.
Pissarro, também deixou uma extensa colecção de obras de gravados com águas-fortes, muito bem executadas e com um acabado requintado, onde registou paisagens, cenas do quotidiano, principalmente dos camponeses, os quais fez questão de reproduzir em toda a sua rudes e naturalidade.
Camille Pissarro morreu a 13 de Novembro de 1903 em Paris.
References:
ADLER, Kathleen. Camille Pissarro: A Biography. Batsford, 1978
BENEDETTI, Maria Teresa. Impressionismo: le origini. Edição 159 de Art dossier – Volume 159 de Dossier d’art. Giunti Editore, 2000
HALLIWELL, Sarah. Impressionism and Postimpressionism: Artists, Writers, and Composers, Volume 6 de Who and when? – Raintree Steck-Vaughn, 1998
PISSARRO, Camille; REWALD, John. Masters of Art: Pissarro – Masters of Art Series – Library of great painters. Harry N. Abrams, 1989
TINTEROW, Gary & LOYRETTE, Henri. Origins of Impressionism. Metropolitan Museum of Art, 1994