Arte cinética ou o cinetismo, foi uma corrente artística moderna que surgiu na capital francesa, Paris, com a exposição “Lemouvement” (O movimento), na galeria Denise René, em 1955.
Que elabora formas e efeitos visuais para criar a noções de movimento ou ilusões ópticas. É uma evolução matemática da arte abstracta que utiliza a repetição de formas simples e coloridas com um hábil uso da luz e da sombra.
Na física, a palavra “cinética” refere-se ao estudo da acção das forças na mudança de movimento dos corpos. Esse termo é também utilizado na química, biologia e filosofia, nas artes, cinética baseia-se, sobretudo, numa utopia: levar a arte à vida.
O século XX, foi o século do cinema, da electricidade, da relatividade, da física quântica, do digital e de tantas e tão profundas transformações: imagens, luzes, formas, sons e aromas se interligaram de inúmeras e diferentes maneiras, transformando pelo caminho a perspectiva é busca artística.
A arte cinética, que tem o artista francês Marcel Duchamp (1887-1968) como seu criador, é uma corrente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos ou ilusão de óptica ou truques de posicionamento de peças. O resulta é um espaço tridimensional que aparenta movimento, apesar de que não seja real, conseguindo um efeito dinâmico, vibrante e flexível. Que busca romper com a condição estática da pintura e da escultura apresentando a obra como um objecto móvel que não apenas traduz ou apresenta o movimento, mas está em movimento.
Foi uma corrente artística que tinha o movimento como base da sua própria estrutura, jogando de diferentes formas com a ilusão do movimento óptico no observador e eliminando a a ideia de pintura estática, lançando a ideia de arte em movimento.
Os artistas dessa corrente artística trabalham especialmente com a arte abstracta (abstraccionismo), com o objectivo de criar no espectador uma dinâmica ilusão de ótica, expressa por meio de efeitos visuais de uma “obra móvel”.
Neste sentido, é relevante, lembrar que o movimento da “Op Arte” está intimamente relacionada com a proposta da arte cinética.
Entre os principais artistas desta corrente, destacamos: Marcel Duchamp, Alexander Calder, Jean Tinguely, László Moholy-Nagy, Antoine Penser, Naum Gabo, Vasarely, Jesus Raphael Soto, Yaakov Agam e Pol Bury.
Um dos maiores exemplos da arte cinética está no pintor e escultor Alexander Calder (1898-1976) que utilizou o seu génio inovador para mudar profundamente o curso da arte moderna. Através das suas peças de escultura que se movimentam, seja pela acção do vento ou por motores de energia.
References:
BASBAUM, Sérgio Roclaw Basbaum. Sinestesia, Arte e Tecnologia – Fundamentos da cromossonia. FAPESP, São Paulo, 2002.
GUASCH, Ana Maria. El arte último del siglo XX: del posminimalismo a lo multicultural. Alianza Editorial, 2000.
SILVEIRA, Martins. Arte-ciência-tecnologia: o sistema da arte em perspectiva. Editora Lábios Piloto, 2014.