José Pedro Amaro dos Santos Reis, mais conhecido por Zé Pedro, era guitarrista e foi o fundador da mítica banda de rock português, Xutos e Pontapés. Morreu no dia 30 de Novembro de 2017 devido a doença hepática.
O músico nasceu no dia 14 de Setembro de 1956 era filho de um militar, tendo partido muito novo para Timor, com os pais e restante família. Com apenas seis anos voltou a Lisboa, de barco, onde mais tarde viria a fundar os Xutos e Pontapés. Com 22 anos, Zé Pedro (que era um amante confesso de música e rádio) colocou um anúncio num jornal onde procurava um “baterista e baixista para um grupo Punk”.
Durante uma pausa nos Xutos e Pontapés, nos anos 90, participou com Kalú (um dos membros dos Xutos e Pontapés) na banda de Jorge Palma, Palma’s Gang. Também teve um programa de rádio (na Antena 3 e na rádio Radar); participou no filme “Sorte Nula” (para além da sua participação neste filme, os Xutos e Pontapés foram os responsáveis pela banda sonora) e em 2015 formou o supergrupo Ladrões do Tempo, com Tó Trips (Dead Combo), Pedro Gonçalves (Dead Combo), Samuel Palitos (ex-Censurados) e Paulo Franco (Os Dias De Raiva e Dapunksportif).
Apesar de ser o guitarrista, era considerado a alma e o porta-voz dos Xutos e Pontapés (todos os membros do grupo foram tornados comendadores pelo antigo Presidente da República, Jorge Sampaio). Foi o compositor de temas clássicos, como é o caso de “Submissão” (onde participa como vocalista) e “Não Sou o Único”.
Zé Pedro consumiu drogas e sempre falou sobre isso abertamente. Desde 2001 que tinha Hepatite C, tendo sido transplantado ao figado em 2011, tendo chegado a ser um dos “rostos visíveis” desta doença. No fim da sua vida já estava “limpo” (de álcool e drogas) há mais de 10 anos. Em 2013, no dia 19 de Janeiro, casou-se com Cristina Avides Moreira, sua companheira até ao fim da vida.
O músico é carinhosamente lembrado por todos pela sua alegria e e energia. Em cima do palco era o membro dos Xutos que mais se mexia e com o público tinha sempre um sorriso e palavras de afecto.
Zé Pedro foi enterrado a 02 de Dezembro no cemitério dos Olivais.
