Thomas Mann (1875-1955) foi uma figura incontornável da literatura alemã, cujo mérito lhe valeu o Prémio Nobel da Literatura em 1929 e o Prémio Goethe em 1949.
Depois de ter estudado e começado a trabalhar em Munique, Thomas Mann decidiu, ainda jovem, dedicar-se à literatura, revelando já, nas suas obras, uma profunda psicologia e nítidas influências de Schopenhauer, Nietzsche ou Wagner. De facto, o tema central nos seus livros abarca o conflito entre a exaltação do espírito, o que inclui a arte, a beleza e a sua degenerescência, assim como a sua conformação com a burguesia, nos seus elos mais convencionais, como se pode verificar, a título de exemplo, nas obras «Os Buddenbrooks» (1900), ou «Morte em Veneza» (1912).
Em 1924 foi publicada a sua obra-prima, «A Montanha Mágica», na qual o autor oferece uma sábia reflexão sobre a vida humana e sobre a Europa, nomeadamente sobre as causas que levaram à eclosão da I Guerra Mundial.
Em 1933, foi exilado devido à implantação do nacional-socialismo na Alemanha e só regressaria de novo à Europa em 1952, quando se estabeleceu, então, na Suíça, vindo a falecer três anos depois.