Sthéphane Mallarmé (1842 – 1898) foi um poeta francês do século XIX, mentor do Simbolismo. Foi, na verdade, em torno de Mallarmé que este período literário se cristalizou.
Depois de ter feito os estudos num colégio interno, Mallarmé começou a sua atividade profissional na administração pública, vindo a abandoná-la pouco tempo depois para se dedicar ao ensino do inglês.
A par do seu trabalho, foi sempre mantendo uma atividade literária traduzida em convívio e em tertúlias com autores, poetas e críticos. Neste âmbito, e influenciado por Baudelaire, começou a dedicar-se à redação de poemas.
Mallarmé tornou-se, assim, o elemento nuclear do Simbolismo, o qual acabaria por infletir os rumos da poesia francesa até ao Surrealismo.
Dececionado com o formalismo parnasiano, Mallarmé buscava uma arte pura, a estética absoluta, as “formas perfeitas”. Defendeu a ideia de que a poesia deveria alcançar a condição da música e, enquanto missão espiritual, adquirir um carácter sacral e divinatório. Lançou-se, deste modo, na procura de correspondências simbólicas, como se verifica na sua linguagem alusiva e elíptica, e na restituição do valor etimológico impresso aos vocábulos.
A sua “grande obra”, embora inacabada, caracteriza-se, muitas vezes, por ser hermética e por aspirar ao triunfo do circunstancial e do contingente, fazendo do acaso o objeto da sua meditação.
Dos seus maiores marcos literários, o destaque vai para «Tarde de um Fauno e um Lance de Dados» (1876).
