O sânscrito diz respeito à antiga língua sagrada e literária da Índia. Pertence à família indo-hitita e é a mais antiga língua da família indo-europeia.
Os documentos mais antigos que registam esta língua dos brâmanes são os «Vedas» (que, em português, significa “saber”) e deles constam coletâneas de cantos religiosos, tratados litúrgicos e ainda comentários redigidos a respeito desses cantos. Os «Vedas» foram transmitidos oralmente entre 1800 a 500 a. C. e a sua transcrição posterior reproduz fielmente o texto oral e permite a acompanhar a evolução da própria língua, a qual, por sua vez, foi descrita por gramáticos hindus, como foi o caso de Panini por volta do século V a. C., que fixou a sua norma linguística.
Só por finais do século XVIII é que o mundo ocidental descobriu e decifrou o sânscrito, que deu origem à linguística indo-europeia e à gramática comparada, constando o seu alfabeto de 13 vogais e 35 consoantes.
Quanto às principais obras escritas nesta língua, destacam-se as duas ilustres epopeias indianas intituladas «Ramayana» e «Mahabharata».