Rainer Maria Rilke (1875 – 1929) foi um notável poeta de expressão alemã, nascido em Praga, na República Checa.
De espírito bastante sensível e com uma personalidade complexa, Rilke começou a escrever os seus primeiros poemas durante a adolescência, mostrando já alguma maturidade.
Mais tarde, revelou nas suas obras uma busca elaborada das realidades da vida, o que representou uma viragem na poesia europeia.
Caracterizada, primeiro, por evocações míticas da tradição católica e, por vezes, por um realismo militar, a sua poesia viria, depois, a alterar-se durante a sua estadia em Paris, nomeadamente por influência de Rodin, cujas ideias relativas à arte e à criatividade estão bem espelhar-se-iam nos seus poemas. Rilke tornava-se, assim, no poeta da intuição, da intuição criativa.
Considerado o maior representante da lírica expressionista do seu tempo, Rilke escreveu várias obras, das quais se destacam «O Livro das Horas» (1905), o romance «Os Cadernos de Malte Laurids Bridge» (1910) e as coletâneas de poesia «Sonetos a Orfeu» (1923) e «Elegias de Duíno» (1923).
Rilke faleceu num sanatório em Genebra, em 1929, deixando-nos um recado riquíssimo, uma poesia peculiar capaz de transformar o visível no invisível.