Paul Claudel (1868 – 1955) foi um ilustre escritor e diplomata francês.
Por ter passado uma significativa parte da sua juventude em contacto com o campo foi bastante influenciado por este, abrindo-lhe, assim, o universo físico que se viria, aliás, a revelar bastante contraditório.
Em 1886, por altura do Natal, converteu-se ao catolicismo e entrou no reino espiritual através da Bíblia e da Liturgia.
Entretanto, mergulhou no universo dos simbolistas, mais especificamente em Rimbaud ou Mallarmé, sofrendo, pouco depois, a crise do amor interdito e impossível, a qual é evocada na sua obra Partage de Midi (1906).
O seu maior sonho consistiu em poder ler e dizer o Universo, fortemente convencido de que só Deus pode decifrar o enigma da vida.
Embora tenha sido precursor de vários estilos literários, é nos textos dramáticos que mais emerge a sua grandiosidade.
Paul Claudel foi, ainda, embaixador em diversos países da Europa e da América.
Deixou-nos, entre outras, importantes obras como Cinq Grand Odes (1910), Cantate à Trois Voix (1912), Connaissance de L’Est (1900), Art Poétique (1907), Les Aventures de Sophie (1937) ou Le Livre de Christophe Colomb (1932).