Apresentação, versões e significado de “ Ne me quitte Pas ”
“ Ne me quitte Pas ” (“Não me deixes”, em português) é uma música de origem belga, cantada no idioma francês, que foi composta, criada e declamada pelo também belga Jacques Brel. Foi lançada, pela primeira vez, em 1959, pela editora holandesa Philips. Ao longo dos anos, teve várias versões, tanto do próprio autor como de outros grande nomes da música internacional. É normalmente associada ao romantismo, mas também poderá ser vista como uma canção sobre a covardia.
Desde a sua criação até aos dias de hoje, a música foi adaptada em mais de 25 línguas, inclusive o inglês, espanhol e português. Algumas das mais famosas versões foram de: Nina Simone (em 1965, no álbum I Put a Spell on You); Barbra Streisand (numa mistura de francês e inglês, no ano de 2009, no álbum Live is the answer) e Céline Dion (em 2012, na versão deluxe do álbum Sans attendre);
Em 1961, o próprio cantor, Jacques Brel, fez a sua própria adaptação ao flamengo/holandês,(língua também falada na Bélgica), com o título “Laat me niet alleen”. Outra versão popular é a inglesa, escrita por Rod Mckuen, sob o nome “If you go away”, cantada por Ray Charles, Frank Sinatra, Neil Diamon e Syrley Bassey.
Em 1974, Simone de Oliveira fez a adaptação para o português, apelidada de “Não me vás deixar”. Na 9ª gala do programa “Ídolos”, em 2010, Diana Piedade cantou a sua versão da música também.
Ao longo dos anos, tem sido comum atribuir-se a “Ne me quitte pas” o significado de amor. Porém, a letra terá outro propósito – a “covardia do homem”. Esta teoria, supostamente corroborada por Jacques Brel, em 1965, à rádio francesa RTL, provém do romance do cantor com a atriz francesa Suzanne “Zizou” Gabriello, a qual terá engravidado, mas cuja paternidade o belga terá negado, originando um aborto.
A própria Edith Piaf terá criticado Jacques Brel na altura. Porém, a cantora francesa também comentou que a letra é um ato de demasiado rebaixamento.
References:
- Ruiz, J. (2014, Março 25). La triste historia de ‘Ne me quitte pas’. El Mundo.
Disponível em: http://www.elmundo.es/cultura/2014/03/24/53305fbbca474110348b4575.html