Marquês de Sade (1740 – 1814), de seu nome completo Donatien Alphonse François de Sade, foi um escritor francês cujo modo de vida, pautado por bastantes escândalos e pela libertinagem, o levou a ser acusado de uma série de crimes sexuais e a permanecer longos anos em cativeiro.
Apesar de ter nascido no seio de uma família aristocrática e de ter feito os seus estudos num colégio de jesuítas, desde cedo se revelou alheio a quaisquer valores de índole moral, descrevendo nos seus romances um mundo patológico de anormalidades e de perversões que deram origem ao termo “sadismo”, ou seja, “o gosto pela crueldade”, ou “a perversão sexual em que a satisfação sexual está associada à dor ou sofrimento”. No entanto, vários críticos consideram as suas obras como uma atitude revolucionária e anárquica contra a ordem estabelecida na altura.
Da sua obra, ignorada durante um significativo período de tempo devido à censura de que fora alvo, destacam-se «Os 120 dias de Sodoma» (1784), «Justine» (1791), «Aline e Valcour» (1793) e «A Filosofia de Alcova» (1795).