Honoré de Balzac foi um dos mais famosos escritores franceses, sendo considerado o fundador do Realismo e um dos maiores nomes da literatura moderna. Suas obras são conhecidas pelas abordagens psicológicas que faz de suas personagens. Sua criação literária mais conhecida, A comédia humana, é uma compilação de dezenas de romances, de novelas e de contos que retratavam a sociedade burguesa após a queda de Napoleão Bonaparte.
Balzac, como é mais conhecido, enveredou por uma literatura de cunho social. Ele denunciou os abusos de dinheiro, criticou a hipocrisia das famílias francesas e falou sobre as relações de poder na França burguesa da época. Ainda que pouco tenha falado sobre a classe operária, uma de suas obras, Os camponeses, é dedicada a essa temática.
A produção literária de Honoré de Balzac era constante. Ele usava de sua capacidade de trabalho principalmente para cobrir as dívidas que acumulava. Acredita-se que essa era uma das maiores motivações para que Balzac tenha escrito tanto.
A importância do escritor francês para a literatura mundial é inegável. Ele influenciou nomes de variadas gerações e nacionalidades. Ítalo Calvino, Camilo Castelo Branco, Machado de Assis, Henry James, Proust, Dickens e Flaubert são alguns exemplos.
Honoré de Balzac e sua obra
A comédia humana, apesar de ser um volume extenso, não foi terminado até a morte de Balzac. Seu desejo era incluir muitos outros livros a essa compilação, embora nem sequer tenha começado a escrever a maioria deles. Apesar da boa capacidade de trabalho do autor, ele viajava muito e revisava muito seus trabalhos, o que atrasava a inclusão dos textos à obra À comédia humana.
Balzac é considerado o fundador do Realismo devido à quantidade exagerada de detalhes de personagens e de objetos utilizados em suas criações. Apesar de inspirado por autores românticos como Walter Scott, Honoré de Balzac dava muito mais valor às minuciosas descrições humanas e suas particularidades.
Alguns especialistas apontam que o estilo literário de Balzac o caracteriza mais como um naturalista do que como um realista. Seus personagens são cinzas, o que significa que não há pessoas totalmente heroicas nem totalmente vilãs em suas obras. Ele busca o modelo plenamente humano, real e próximo do que a humanidade de fato é.
As personagens de Honoré de Balzac representam uma grande variedade de tipos sociais da França de sua época. Ele fala do malandro, do soldado, do espião, do operário, do burguês, da amante. A comédia humana, inclusive, se divide em cenas da realidade, como: vida privada, vida política, vida parisiense, vida do campo, vida militar e vida da província.
Os lugares em que se passavam as obras de Balzac constituem uma parte importante de seu estilo e de sua escrita. A relação intrínseca entre as personagens e o meio apenas aumentam a crença de estudiosos da literatura de que Honoré de Balzac era, na realidade, naturalista e não realista.
Os estudiosos da literatura apontam que a perspectiva de Honoré de Balzac está muito próxima do pessimismo. Embora em fases mais próximas do fim de sua carreira literária tenha demonstrado um pouco de esperança em seus textos, jamais esteve perto de ser otimista. Afinal, sua temática mais recorrente era a corrupção da sociedade de sua época.
Honoré de Balzac viveu uma vida longa para os padrões da época. Nasceu em 20 de 1799, em Tours, na França, e morreu em 18 de agosto 1850, em Paris, aos 51 anos. Viveu grande parte de sua vida endividado, por realizar investimentos arriscados em negócios que faliram rapidamente.
Chegou a casar com o grande amor de sua vida, a polonesa Ewelina Hanska, que durou apenas cinco meses, uma vez que Honoré de Balzac morreu.
References:
https://www.britannica.com/biography/Honore-de-Balzac