Giovanni Boccaccio (1313 – 1375) foi uma das mais destacadas figuras da literatura italiana do século XIV. Notabilizou-se, sobretudo, por ter sido o primeiro grande prosador do seu país e um dos criadores da língua literária italiana.
Nascido em Paris, no seio de uma família de mercadores, Boccaccio passou a sua infância em Florença, desde cedo revelando interesse pela literatura.
As suas primeiras coletâneas de poesia, um tanto autobiográficas, foram La caccia di Diana (1334), Il Filoloco (1336), Il Filostrato (1338) e Teseida (1341).
Em 1344 escreveu Elegia di Madonna Fiammetta, uma obra em prosa que foi considerada como sendo o primeiro romance psicológico moderno.
Decameron é, no entanto, a obra que figura em primeiro plano pela sua pujança intelectual. Consistindo numa coletânea de vários contos escritos entre 1348 e 1353, o autor narra a ingenuidade das pessoas simples e ridiculariza os burgueses e os nobres, transmitindo, deste modo, a imagem fiel da democracia florentina, o espírito do Renascimento. Esta obra causou um certo escândalo na época devido à vivacidade de alguns dos seus relatos.
Em 1350, Boccaccio travou conhecimento com Petrarca com quem viria a lançar as bases do Humanismo. O período final da sua vida foi dedicado ao estudo de vários volumes da literatura clássica.