Gabriel García Márquez foi um escritor e jornalista colombiano, vencedor de um Nobel de Literatura e um dos mais admirados escritores latino-americanos do mundo. Suas obras venderam mais de quarenta milhões de cópias e foram traduzidas para trinta e seis idiomas. Ele é considerado o responsável pela criação do realismo mágico na literatura latino-americana.
Gabo, como era conhecido Gabriel García Márquez, nasceu na cidade de Aracataca, no dia 6 de março de 1927. Durante os primeiros anos de sua infância viveu com seus avós maternos, que cuidaram de sua criação quando seus pais se mudaram para Barranquilla. Após a morte do avô, aos seus oito anos, Gabriel García Márquez vai para junto dos pais. A figura de seus avós seria importantíssima para a criação personagens de seu mundo ficcional.
García Márquez estudou em Barranquilla e na cidade de Zipaquirá. Desde cedo entrou em contato com a literatura. Era apaixonado pelos contos das Mil e uma noites, mas foi ao ler “A metamorfose”, de Franz Kafka, que descobriu que queria ser escritor. Ele ficou impressionado que fosse possível criar situações impossíveis com personagens fictícios.
Gabriel García Márquez: jornalista e escritor
Em 1947, em Bogotá, Gabriel García Márquez iniciou o curso de direito e ciências políticas na universidade, mas não chegou a se graduar. Um ano depois, em 1948, mudou-se para a Cartagena das Índias, onde começou sua carreira como jornalista, no jornal El Universal. Em 1949 ele volta para Barranquilla e inicia seu trabalho no jornal El Heraldo, período em que se envolve em um grupo de escritores para debater sobre literatura. Em 1954, como repórter e crítico, trabalha no El Espectador.
Sua carreira como jornalista o leva, em 1958, ao continente europeu, como correspondente internacional. Em 1961, muda-se para Nova Iorque, também como correspondente internacional, após um período de tempo em Barranquilla, onde se casou com Mercedes Barcha, com quem teve dois filhos. Após deixar Nova Iorque, se assenta com a esposa no México, onde passaria o restante da sua vida até o dia de sua morte.
As experiências biográficas de Gabriel García Márquez contribuíram imensamente para o desenvolvimento de sua literatura. A linguagem de suas obras tem conexões com a linguagem jornalística em algumas obras, pelo modo de narrar e de descrever acontecimentos e personagens.
Cem anos de solidão
Seu primeiro trabalho publicado foi “La Hojarasca”, em 1955. Em 1961 publicou “Ninguém escreve ao coronel”. Ele flutuou entre a ficção e a não ficção, com o relato verídico do naufrágio de Luis Alejandro Velasco, intitulado “Relato de um naufrágio”. Demonstrou sua habilidade jornalística na ficção “Crônica de uma morte anunciada”. É famoso também por “O amor nos tempos do cólera” e “Memórias de minhas putas tristes”. Mas é com “Cem anos de solidão” que ele se consagrou como um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos.
A obra “Cem anos de solidão” foi publicada em 1967. Ela narra a saga de sete gerações da família Buendia, na cidade fictícia de Macondo, que lembra muito a própria Colômbia por suas paisagens e geografia descritas na obra. Gabriel García Márquez criou nessa obra o que os estudiosos da literatura chamam de realismo mágico ou realismo fantástico, o que devolveu à literatura latino-americana uma visibilidade e uma autoestima há algum tempo perdidas. Muitas listas montadas por revistas especializadas em literatura colocam esse romance de Gabo como um dos melhores romances já publicados até hoje, junto de outros clássicos da literatura universal.
O conjunto da obra de Gabriel García Márquez rendeu a ele um Nobel de Literatura no ano de 1982. Suas obras são lidas e estudadas em todo o mundo. Ele faleceu por complicações devido a um câncer linfático, no ano de 2014, no México, onde vivia com a esposa, Mercedes.
References:
https://www.britannica.com/biography/Gabriel-Garcia-Marquez