Por “enciclopedismo” entende-se um movimento intelectual da filosofia ocidental, ou a corrente ideológica e filosófica representada pelos colaboradores e seguidores da «Enciclopédia» de Denis Diderot e D’Alembert.
Expressa através dos intelectuais do século XVIII, esta era uma ideologia oriunda da classe burguesa, que, assim, buscava um modo de exprimir o seu pensamento face às suas vitais e urgentes necessidades de luta contra a ignorância e de destruir os fundamentos da tirania impostos pela fé e pela tirania institucionalizada.
Por outras palavras, o enciclopedismo foi essencialmente uma tentativa de interpretação objetiva dos variados fenómenos sociais, históricos, metafísicos e teológicos, ou seja dos vários saberes oriundos das mais diversas áreas, face ao dogmatismo significativamente presente durante o século das Luzes para, depois, compilá-la e difundi-la. Evidentemente, foi violentamente criticado pelas forças mais conservadoras, como, por exemplo, os jansenistas ou os jesuítas.
Defendia, sobretudo, a fisiocracia e o livre-câmbio e tinha por ideal uma monarquia de tipo parlamentar, como o modelo inglês. Esta corrente desempenhou, ainda, um importante papel durante a Revolução Francesa.